Moradores do Jd. Sampaio, em Itapecerica, vivem às escuras na principal entrada do bairro

Depois que anoitece sair do Jardim Sampaio, em Itapecerica, é uma tarefa difícil e perigosa. Tudo porque a principal entrada do bairro vive às escuras, colocando em risco a segurança dos moradores. O local fica ao lado de um grande campo de futebol, várias mulheres que precisam passar pela via, na vinda do trabalho ou da escola, acabam utilizando caminhos mais longos, até quem anda de carro tem medo.

A rua sem energia foi adquirida pela prefeito e fica ao lado de um terreno particular. Ela faz divisa com a Av. Eduardo Roberto Daher e é a principal entrada do Jardim Sampaio. Moradores já entraram em contato com a Eletropaulo, quando a concessionária era responsável pelo serviço, mas a empresa informou que precisa de um oficio de solicitação. Desde de abril a responsabilidade pela energia pública passou a ser da prefeitura, ficando a cargo do município o fornecimento de postes e energia.

Thaize Brito, 26, é moradora do bairro e se diz receosa em passar no local. Mesmo não utilizando o caminho com frequência a jovem tem amigos que precisam passar diariamente pela estrada e vivem com medo.

“Aquela é a principal entrada e saída do bairro. Deveria ter no mínimo iluminação digna, pois pagamos uma taxa todo mês na conta de energia elétrica (AES). Temos que cobrar, porque pagamos. Com o caminho iluminado as pessoas iam usar mais o local no período noturno” disse.

Muitos moradores acabam utilizando caminhos mais longos devido ao medo da rua escura. Maria Ap. Carbonaro, 49, falou para o Jornal na Net que se for para escolher sair do bairro pela estrada escura ou dar uma volta que gasta aproximadamente 20 minutos, ela prefere o “caminho mais longo”. “Eu passo por lá ás vezes, mas tenho medo é muito escuro. Não passo lá sozinha”.

Além do medo de assalto e todo o tipo de violência, principalmente para mulheres, o local possui curvas sinuosas e um longo córrego que segue ao lado da via. Aline de Oliveira, 21, utiliza a via, geralmente, na volta da faculdade. Ela afirma que mesmo estando de carro tem medo do local.

“Evito passar ali durante a noite o quanto posso. Precisamos mesmo da iluminação e ainda mais por ali possuir um monte de curvas e ter aquele córrego sem proteção nenhuma. Acho perigoso, porque pessoas que não conhecem o caminho podem acabar se perdendo ou até acontecendo coisas piores”, Aline Oliveira, 21.

A falta de energia pública no local é uma das reclamações mais frequentes dos moradores, principalmente pelo fato do bairro possuir poucas opções de transporte, o que obriga os munícipes a irem para suas casas caminhando.

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