Mãe empurra filho cadeirante até a escola em Taboão da Serra após falha no transporte acessível
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Esse é só mais um dos problemas decorrentes da atuação da empresa contratada pelo estado que recentemente teve varias vans apreendidas em Taboão da Serra
A cena registrada nesta semana em Taboão da Serra expõe um problema grave e recorrente na rede estadual: a ausência do transporte escolar acessível para estudantes com deficiência. Sem o atendimento previsto em lei, uma mãe tem sido obrigada a empurrar diariamente a cadeira de rodas do filho da porta de casa até a escola, e de volta, enfrentando sol forte, chuva e ruas com terreno irregular.
Esse é só mais um dos problemas decorrentes da atuação da empresa contratada pelo estado que recentemente teve varias vans apreendidas em Taboão da Serra.
Segundo a família, o estudante depende do transporte adaptado fornecido pelo Governo do Estado para conseguir frequentar as aulas todos os dias. Mas, há semanas, o serviço simplesmente deixou de ser prestado pela empresa contratada, deixando a mãe sem alternativa a não ser percorrer longas distâncias sozinha, fazendo um esforço físico extremo e totalmente evitável.
A legislação garante transporte gratuito e acessível a todos os alunos com mobilidade reduzida, e Taboão da Serra tem vivido um aumento das demandas por inclusão e acessibilidade nos últimos anos. Porém, na prática, o direito do estudante não está sendo garantido. A família afirma já ter procurado a Secretaria Estadual de Educação diversas vezes, mas nenhuma solução definitiva foi apresentada.
O caso reacende o debate local sobre a responsabilidade das empresas terceirizadas que atendem a região, especialmente porque situações semelhantes já foram relatadas por outras famílias. Em Taboão da Serra, onde a mobilidade urbana apresenta desafios diários, a ausência de transporte especializado ultrapassa um simples transtorno: coloca em risco o acesso à educação e a autonomia de crianças e adolescentes com deficiência.
Enquanto isso, a mãe continua empurrando a cadeira de rodas do filho, um percurso que deveria ser feito com segurança, dignidade e garantia de direitos, mas que hoje evidencia o descaso com estudantes que mais precisam de suporte.
Da Redação do Jornal na Net