Reintegração de posse é realizada no Jardim Jacira

Uma força tarefa reunindo polícia militar, guarda civil municipal, defesa civil, secretaria de obras, procuradoria municipal e conselho tutelar foi realizada nesta última segunda-feira, 19 de setembro, visando reintegração de posse de famílias que moram em área irregular e de maneira imprópria (invasão) no distrito do Jardim Jacira, em Itapecerica da Serra.

A reintegração se estendeu durante todo o dia. O comboio partiu rumo à força tarefa pela manhã, por volta das 8h. O cronograma indicava ao todo sete lugares entre casas e um comércio (Casa de Ração Félix) somente nesta segunda-feira. Nenhuma casa foi demolida. No comércio e em algumas residências os moradores / comerciante não foram encontrados, por este motivo o prazo para todo o cronograma ser cumprido, envolvendo um número maior de residências invadidas foi prorrogado para mais 30 dias (um mês).

Uma ordem judicial autorizando a retirada de algumas famílias, ao todo 17, que moram em casas disponibilizadas pela prefeitura no Conjunto Habitacional do Jacira foi expedida. A justificava para retirada é uma possível invasão destas pessoas. “A casa estava fechada, eles arrombaram para entrar e tomaram posse”, explicou a procuradora municipal que não quis se identificar.

Segundo a procuradoria municipal famílias que moravam em área irregular foram notificadas desde 2006 e um trabalho em conjunto com a comunidade foi realizado. “A maioria (300 famílias) aceitaram participar do trabalho e conquistaram a casa própria, já cerca de 20 se negaram as regras e acabaram permanecendo em área irregular e invadindo casas do conjunto”, explicou.

De acordo com a Guarda Civil Municipal 17 notificações foram expedidas, mas somente 9 foram entregues, uma vez que as outras famílias estavam ausentes. Até um Boletim de Ocorrência sobre o assunto foi elaborado no Distrito Policial.

Sem saber para onde ir e implorando um prazo. Foi assim as reações de famílias que tiveram que sair das residências invadidas no conjunto. “Tenho mulher grávida, cuido da minha irmã que é doente. Estava sem teto para morar a meses e invadi esta residência faz dois meses”, disse Carlos Soares da Silva.

“Meu aluguel venceu e como a prefeitura falou que iria dar preferência para as famílias que tivesse filho vim para cá. Cheguei na quarta-feira passada”, ressaltou uma mãe de família que pediu anonimato. Ambos reclamaram da falta de notificação. “Não recebemos nada avisando sobre a reintegração”, finalizaram.

Os móveis das famílias foram retirados das residências e levados por um caminhão da prefeitura para um lugar indicado por elas, em Itapecerica. Após o procedimento os imóveis foram trancados e alguns até contaram com a troca de fechaduras para evitar outras possíveis invasões.

No decorrer de trinta dias outras reintegrações de posse no bairro serão realizadas. A assessoria da Prefeitura Municipal afirmou via telefone que um programa para cadastrar todas as famílias que viviam em área irregular e de risco foi realizado e que algumas não aceitaram as normas propostas e permaneceram morando no mesmo local.

Participaram da Força Tarefa, integrantes do ROMU, ROM, da Guarda Civil Municipal, além da Força Tática da Polícia Militar.


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