Alunos protestam contra saída da diretora na Escola Edgard Francisco, em Taboão da Serra
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Movimento espontâneo com gritos, vídeos e abaixo-assinado reúne mais de 100 estudantes em defesa da gestora afastada pela Secretaria da Educação.
Alunos da Escola Estadual Edgard Francisco, em Taboão da Serra, na noite desta quarta-feira (18) realizaram um protesto marcado por gritos de revolta e palavras de ordem após a saída inesperada da diretora da unidade escolar. A manifestação, que ocorreu de forma pacífica, contou com a presença de dezenas de estudantes indignados com a decisão da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.
Mesmo sem cartazes, os estudantes se organizaram por meio das redes sociais e criaram um grupo chamado “Abaixo Assinado”, que já reúne mais de 120 integrantes. O grupo foi criado com o objetivo de reunir assinaturas para solicitar a volta da diretora Liz, que, segundo os alunos e familiares, é reconhecida por seu trabalho de inclusão e diálogo com a comunidade escolar.
“Ela é muito acessível, tem um carinho especial com os alunos, principalmente os com deficiência. Foi uma das poucas que realmente ouviu a gente”, relatou a mãe de uma aluna em áudio enviado ao Jornal na Net.
Ela também mencionou que a diretora chegou a ajudar com questões pessoais relacionadas ao atendimento de alunos autistas.
De acordo com relatos, a saída dela teria sido influenciada por conflitos internos na gestão. Os estudantes se revoltaram com a substituição e iniciaram uma mobilização em sua defesa, destacando o impacto positivo que ela teve na rotina da escola.
“Vamos trazer a Liz de volta! A gente só quer ela de volta pra escola, porque ela faz toda a diferença”, diz a mensagem fixada no grupo.
O protesto incluiu vídeos, depoimentos emocionados e um abaixo-assinado virtual hospedado na plataforma Change.org, que já conta com dezenas de assinaturas. Os alunos também planejam levar o documento à Diretoria Regional de Ensino de Taboão da Serra na próxima segunda-feira (23), em busca de reverter a decisão.
Uma das estudantes à frente da mobilização é Isabelle, do período noturno, que mantém forte articulação com os colegas.
“Esses jovens estão bem organizados. Estão coletando assinaturas, gravando vídeos, fazendo tudo por conta própria. Só querem justiça”, comentou uma mãe envolvida na ação.
Até o momento, a Secretaria da Educação do Estado não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
Da Redação do Jornal na Net