Manifestantes tentam invadir Prefeitura de Itapecerica da Serra durante protesto por moradia
Cerca de 130 manifestantes protestaram por moradia em frente à Prefeitura de Itapecerica da Serra, na manhã desta quinta-feira (05). Parte deles usava camisetas com o símbolo do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
De acordo com a Polícia Militar, o chamado foi feito às 9h20 e três ônibus da corporação foram deslocados até o local. Segundo a Guarda Civil Metropolitana (GCM), o ato seguia pacífico e não havia registro de feridos até o momento.
Durante a manifestação, um grupo de manifestantes tentou invadir a sede da Prefeitura, mas acabou entrando no prédio para participar de uma reunião com o prefeito.
Em publicação nas redes sociais, o MTST confirmou a ação e afirmou que a gestão municipal havia se comprometido a dialogar com o movimento sobre um suposto “despejo ilegal” ocorrido no dia 24 de maio, mas a reunião prometida não aconteceu.
A Prefeitura, por sua vez, chamou o episódio do dia 24 de maio de “invasão frustrada”, que foi impedida pela GCM, e informou que naquela ocasião três representantes do movimento foram recebidos no gabinete do prefeito.
Nota Oficial – Prefeitura de Itapecerica da Serra
O MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto realizou uma manifestação na sede da Prefeitura de Itapecerica da Serra na manhã desta quinta-feira, 5 de junho. Dezenas de pessoas adentraram ao espaço de atendimento da população gritando palavras de ordem.
A ação, que atrapalhou o andamento do Complexo Administrativo e obrigou a paralisação momentânea de alguns serviços públicos, foi consequência de uma ocupação frustrada de terreno particular em área industrial próximo ao centro de Itapecerica da Serra no último dia 24 de maio, impedida pelas forças policiais.
O prefeito Dr. Ramon Corsini e membros de sua equipe receberam no Gabinete uma comissão do grupo. Eles reivindicaram um programa de moradias populares para atendê-los e questionaram o andamento de um projeto aprovado para construções habitacionais no bairro Vila Calu, divisa com a cidade de São Paulo.
Dr. Ramon Corsini explicou que a Secretaria Municipal de Habitação já possui um cadastro extenso de munícipes que residem em áreas de risco. Estes, claro, têm prioridade de atendimento nas ações da Prefeitura. Dessa forma, e somado ao fato de que a municipalidade não possui áreas aptas para construções populares, neste momento não é possível ampliar esta demanda com pessoas de fora da cidade.
*Sobre o projeto na Vila Calu, os secretários municipais de Planejamento e de Habitação explicaram que o mesmo está tramitando no Governo do Estado (Graprohab) no aguardo de ajustes do próprio Movimento. Assim que for encaminhado à Prefeitura para aprovação terá a celeridade necessária para sua concretização.*
O prefeito ainda reforçou que a atual gestão não aceita invasões ou ocupações irregulares na cidade, pois além de serem ilegais, causam desorganização e atrapalham a oferta dos serviços públicos essenciais à população.
Camila Joseph