População debate futuro da Régis Bittencourt em audiência pública com presença do prefeito Engenheiro Daniel

A Câmara Municipal de Taboão da Serra sediou nesta quarta-feira (14) a primeira audiência pública para discutir a municipalização da antiga BR-116, atualmente denominada Avenida Aprígio Bezerra da Silva, que está sob gestão municipal. O evento reuniu moradores, comerciantes, funcionários públicos e autoridades municipais para debater o futuro da via.

Um dos principais temas abordados foi o aumento significativo dos gastos com a manutenção da avenida após a municipalização, estimados entre R$ 16 e R$ 18 milhões anuais, incluindo custos com semáforos, roçagem, iluminação, pavimentação, atendimento do SAMU e segurança pública.

A solicitação do Ministério Público para a alteração do nome da avenida, escolhida pela gestão anterior, foi destacada e recebeu apoio dos presentes. A prefeitura anunciou também a possível contratação de um instituto de engenharia e tráfego para elaborar um plano de mobilidade urbana para o município.

O Prefeito Engenheiro Daniel destacou uma mudança significativa na opinião pública desde o início das obras:

“Seis ou oito meses atrás, ainda no período de campanha, a cidade estava muito dividida. Naquele momento, 70% a 80% da população era contra a municipalização.” Hoje, ele acredita que o cenário é outro: “Tenho a sensação de que grande parte da cidade, talvez até 90%, é a favor da permanência de alguns semáforos e não da sua remoção, como se defendia anteriormente.”

Segundo o secretário de Trânsito, Transporte e Mobilidade Urbana, Marcos Paulo, Taboão da Serra deixa de receber mais de R$ 26 milhões anuais por não possuir um plano de mobilidade urbana formalizado. Marcos Paulo apresentou estudos técnicos sobre soluções de mobilidade e segurança para a via.

“Esse debate é um movimento técnico e institucional para avaliar o que foi projetado, o que foi executado e mensurar os ganhos e perdas trazidos para nossa cidade. Este evento marca o início de um grande projeto para a mobilidade em Taboão da Serra, para viabilizar recursos e garantir a participação de todos, como deveria ter acontecido desde o começo”, afirmou o secretário.

Durante a audiência, moradores sugeriram a retirada dos semáforos considerados excessivos, a discussão sobre a implantação de pedágio, a necessidade de melhor integração do transporte público e a urgência na aprovação do Plano Municipal de Mobilidade Urbana.

Além do debate presencial, a Prefeitura anunciou que, nas próximas semanas, será aberto um formulário online no site oficial para que os moradores registrem suas opiniões e sugestões, inclusive sobre a nova denominação da avenida. A consulta será restrita aos taboanenses e exigirá o registro dos dados pessoais para garantir a legitimidade da participação.

Outro ponto levantado foi a demanda por uma nova alça de acesso entre Embu das Artes e Taboão da Serra. O prefeito Engenheiro Daniel informou que viajará em breve a Brasília ao lado do prefeito de Embu, Hugo Prado, para tratar diretamente do tema com o Ministério dos Transportes.

 

Prefeito e secretário concedem coletiva para esclarecer próximos passos

O prefeito Engenheiro Daniel e o secretário Marcos Paulo concederam uma coletiva após a audiência para detalhar os próximos passos do governo municipal.

O prefeito elogiou a presença expressiva da população:

“Eu fico muito satisfeito, até mesmo porque encontrei uma Câmara Municipal com 50, 60% de moradores da cidade de Taboão da Serra. Normalmente, vem muito funcionário, liderança política… e o que vimos hoje era justamente o nosso objetivo: trazer a população 

O secretário Marcos Paulo destacou a importância da escuta popular nas decisões da gestão:

“Esse debate democrático que o prefeito está tomando, com testes, é uma medida de sabedoria. Porque, quando você faz o teste, prova na prática se vai dar certo ou não.”

O Engenheiro Daniel comentou sobre a mudança da opinião pública desde o início das obras.

 “Seis ou oito meses atrás, durante a campanha, a cidade estava muito dividida, com 70% a 80% contra a municipalização. Hoje, sinto que cerca de 90% da população é a favor da permanência de alguns semáforos, diferente do que se defendia anteriormente.”

Sobre a estrutura da via, Daniel reforçou que as passarelas não serão removidas e que novas poderão ser construídas para garantir a segurança dos pedestres. “Com o corredor central, precisaremos criar mais passarelas, não o contrário.”

A Prefeitura também ressaltou que o projeto de municipalização considerava a entrega da Linha 4-Amarela do Metrô até Taboão, o que ainda não ocorreu. “Será necessário fazer alterações, por exemplo, ali na Pedro Mari.”

Em relação aos custos da via, o prefeito revelou que a manutenção gira em torno de R$ 16 milhões por ano, sem contar pavimentação nova a cada quatro ou cinco anos. Para garantir o equilíbrio financeiro, a Prefeitura aposta na instalação de radares e na exploração de publicidade ao longo da via. “Estamos fazendo a lição de casa.”

Por fim, o prefeito destacou que as contribuições da audiência pública serão analisadas tecnicamente e servirão de base para um projeto mais amplo de reordenamento do tráfego na cidade. “Vamos abrir votação na semana que vem e, em seguida, contratar uma empresa que já tem conhecimento técnico da Régis para fazer um estudo de impacto.”

O evento contou com a presença do prefeito Engenheiro Daniel, da vice-prefeita Érica Franquini, do secretário de Trânsito e Mobilidade Urbana, Marcos Paulo, além de outros secretários municipais, do subprefeito Tenente Dacal, vereadores e do presidente da Câmara, Carlinhos do Leme, que representou o Legislativo.

Camila Joseph

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