Alunos da E. E. D’Amico acusam professora de ter feito fala em defesa de estupro; escola nega

Por Sandra Pereira | 18/03/2022

Uma aula de uma professora eletiva na Escola Estadual Francisco D’Amico, no jardim Saporito, em Taboão da Serra, motivou insatisfação e revolta de vários dos alunos com a docente. A professora estaria ministrando aula de português com base num artigo que falava sobre estupro. Em determinado momento ela fez uma explanação que acabou sendo interpretada pelos estudantes como uma fala de apoio a estupradores.

“A professora disse que nós somos obrigados a aceitar um estuprador, porque ele quis ser estuprador”, relata uma das alunas que reclamou do fato à reportagem do Jornal na Net. Ela contou que integrantes da escola recolheram celulares de alguns alunos que tinha filmado o protesto para apagar as imagens.

A escola nega que a professora tenha defendido o estupro, afirma que a docente está muito abalada com o ocorrido e relata que todos estão empenhados em esclarecer o fato para alunos e pais.

A suposta fala infeliz da professora teria ocorrido na quarta-feira, 16. Os alunos da professora reagiram com indignação e revolta. Na quinta-feira, no pátio da escola um grupo de estudantes fez um ato levando cartazes com inscriões “Estupro Não” e gritando “Fora”.

Um integrante da direção da escola, que pediu para não ser citado, confirmou ao Jornal na Net que houve um fato em sala de aula que acabou gerando insatisfação dos alunos com a professora. Também observou que recebeu vários pais e alunos interessados em esclarecer a situação e afirmou que não há mais problemas em relação ao fato.

“A professora estava discutindo com a turma um artigo e durante a explicação falou que a lei que prende estupradores, também os solta após o cumprimento da pena. Ela falou que depois de cumprir a pena o estuprador volta ao convívio social como uma pessoa comum. Os alunos entenderam então que ela estava defendendo estupro. Um deles chegou a questionar se ela acharia normal se a filha fosse estuprada”, relatou por telefone um integrante da diretoria da escola.

A escola não quis fornecer contato da professora sob a alegação de que ela estaria mal após a repercussão negativa da sua fala. O espaço segue aberto para que a professora possa se pronunciar a qualquer momento.

Comentários