Manifestantes organizam ato em frente a prefeitura de Itapecerica da Serra nesta quinta-feira

Por Outro autor | 20/01/2022

Está marcado para a tarde desta quinta-feira (20), uma manifestação em frente a prefeitura municipal de Itapecerica da Serra em protesto contra a exclusão das linhas de ônibus da Viação Bela Sintra. 

O grupo denuncia que desde que houve a troca das vans de transporte alternativo da cooperativa CTAMIS, em julho de 2020, ao menos 8 linhas foram desativadas deixando vários bairros sem acesso direto ao transporte coletivo. Em mais uma tentativa de negociação, os manifestantes afirmam que se não houver acordo com a empresa, os atos continuarão nos próximos dias. 

A viação Bela Sintra é uma filial da empresa Miracatiba, que administra as linhas de ônibus no município desde 1997, ano de sua criação e há 6 meses detêm o monopólio das linhas intermunicipais que ligam os bairros mais afastados ao centro de Itapecerica.

Ano passado fomos notificados que a empresa (Miracatiba) estava solicitando assumir as linhas da cooperativa, em conversa prévia o prefeito Francisco Nakano disse que não excluiria as linhas que rodavam nos bairros atendidos pela CTAMIS, mas depois em uma decisão unilateral entre Prefeitura e Miracatiba, sem apoio do legislativo nem da população o que vimos foi totalmente fora do que foi planejado ”, afirma o vereador Fabio Santana (PT).

O vereador afirma ainda que há dois processos em andamento no Ministério Público, um deles por improbidade administrativa, uma vez que a gestão municipal não tem cumprido os acordos estabelecidos em contrato. Em um dos processos protocolados conta com um abaixo assinado unânime entre todos os vereadores da casa.

Diferentemente dos ajustes estaduais, a tarifa municipal é decidida entre prefeitura e empresa de transporte que administra o território em questão. Em Itapecerica da serra, o grupo alega que o aumento da tarifa dos ônibus e vans intermunicipais também está em desacordo. 

A revisão da passagem se dá há cada 3 anos; a Bela Sintra só existe há  7 meses, dessa forma é injustificável o aumento da passagem, além disso, o valor que deveria ser cobrado era o de R $4,35 - o preço cobrado dos passageiros hoje  é de R$4,50. Esse aumento 20% acima da inflação é inviável para o trabalhador nessas circunstâncias”, afirma o vereador. 

O grupo, que conta com o apoio e presença do sindicato dos professores do ensino oficial de SP – APEOESP, reivindica além da volta das 8 linhas canceladas por conta da troca entre as empresas, contra a demissão dos motoristas da cooperativa CTAMIS sem remanejamento desses profissionais para as novas linhas, o reajuste da passagem para R$3,75 - valor da tarifa no ano passado e a gratuidade no transporte municipal para idosos e gestantes.

Procurada, a viação Miracatiba informou que não foi notificada e que não sabe de quais linhas se referem as denúncias. Até a publicação desta matéria não houve resposta oficial por parte do gabinete do prefeito Francisco Nakano.

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