Taboão, Embu e Itapecerica vivem pior momento na pandemia, população precisa ajudar a combater Covid
População precisa ajudar a combater o vírus, usar máscaras e não aglomerar é essencial
Por Sandra Pereira | 3/03/2021
Chegamos ao pior momento da pandemia. As cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes e Itapecerica da Serra tem hoje 62% de ocupação de UTI, segundo o governo do estado. De acordo com Sistema de Monitoramento Inteligente (SIMI),que monitora em tempo real a ocupação de leitos de Covid-19 SUS, Taboão tem 24 pacientes internados em enfermaria e 10 pacientes internados na UTI. Itapecerica é a cidade com maior número de internações. São 21 pacientes internados em UTI e 20 pacientes internados em enfermaria. Além disso, a cidade tem 4 pacientes internados na enfermaria do pronto-socorro Central. Já em Embu das Artes o hospital Leito Irmã Anete Marlene Fernandes Mello tem 25 pacientes internados em enfermaria e 5 pacientes internados em UTI. Em todo o estado de São Paulo a situação é crítica.
Os números obrigam até os mais céticos a constatar que a região passa por um momento crítico, onde pode haver colapso de leitos se a população não se unir e colaborar a fim de evitar que isso ocorra. Para evitar que o pior aconteça, todas as medidas e cuidados devem ser tomadas agora.
É nítido que os moradores de todas as três cidades não estão tratando o coronavírus com a seriedade necessária. É corriqueiro encontrar pessoas sem máscaras, as aglomerações sejam em festas grandes ou nos churrascos familiares e almoços de finais de semana são comuns. Bares e festas clandestinas teimam em continuar ocorrendo, mesmo com todos os alertas constantes.
O uso de máscaras não é obedecido nas ruas. Muita gente admite que parou de higienizar os produtos comprados. Também tem os que descuidam da higienização das mãos, da higienização dos locais usados anteriormente por outras pessoas.
Por lado, também é chegado o momento das prefeituras aumentarem a ofertas de leitos para Covid e quem sabe até mesmo retomar os hospitais de campanha.
Não será surpresa o endurecimento das regras já prevista para os próximos dias. O governador João Doria fará encontro virtual com os prefeitos para tratar da piora nos índices. Os governos municipais estão tratando a gravidade do assunto internamente, mas é fato, que sem a participação das pessoas nenhuma medida terá sucesso.
Em todo o estado de São Paulo a ocupação de leitos de UTI para covid-19 bateu recorde nos últimos dias. São 15.977 pacientes internados, sendo 8.701 em enfermaria e 7.276 em UTI, maior número de toda a pandemia. A situação é ainda mais grave porque há poucas possibilidades de ampliação de leitos nesse momento. Desde janeiro, o governo de São Paulo ampliou em 20% o número de leitos de UTI para covid-19 no estado.
Ontem o secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, afirmou que houve um crescimento alarmante do número de pessoas jovens e abaixo de 50 anos em UTI.
“O aspecto clínico dos pacientes é diferente daquele que víamos na primeira onda (entre junho e julho). Antes eram idosos e portadores de doenças crônicas, o que chamamos de comorbidade. Hoje é de 60% mais jovens, na faixa de 30 a 50 anos, sem doença prévia. E o tempo que estão ficando na UTI é maior. Tínhamos antes média de 7 a 10 dias de internação, agora está em 14 a 17 dias de internação no mínimo em UTI”, explicou Gorinchteyn. “Acham que só vão perder o paladar e o olfato, mas acabam perdendo a vida”, completou.
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