Prefeito afirma que a greve dos garis não é de responsabilidade da prefeitura de Taboão

O município de Taboão da Serra enfrenta o problema da greve dos coletores e varredores de rua há mais de 20 dias e sem previsão do serviço ser retomando em 100%. A coleta de lixo é feita pela empresa CAVO, que cumpri determinação judicial de 70% do serviço em funcionamento. O prefeito Fernando Fernandes rebateu as criticas de responsabilidade com relação a greve e salientou que é ilegal que a prefeitura interfira nas negociações. 

Desde o dia 23 de março, os funcionários da prefeitura vem auxiliando o trabalho feita pela empresa CAVO, com o plano emergencial e dessa forma minimizar os efeitos causados pela greve perante os moradores, porém todo treinamento e equipamentos da empresa de coleta não é o mesmo dos funcionários da prefeitura, sendo assim, a coleta fica prejudicada e os munícipes sentem esse reflexo nas ruas. 

"É um serviço terceirizado, nos cobramos a execução do contrato, hoje existe uma questão judicial que a empresa é obrigada a ter 70% do serviço dela em funcionamento e é isso que podemos cobrar. Mas sabemos que 70% é insuficiente e a gente procura socorrer com caminhões da prefeitura e gente nossa trabalhando mas isso é insuficiente, porque nossos caminhões não são compactos então a capacidade de recolha de lixo deles é metade do que um que tenha a parte de compactação. Os nossos funcionários que vão as ruas fazer isso ai não são funcionários treinados então faz o serviço de forma mais lenta", disse o prefeito. 

Fernandes pontuou que uma empresa quando ganha uma concorrência tem uma planilha de preços e cabe a essa empresa o reajuste salarial que eventualmente os funcionários vão pedir ao longo do trabalho. E destacou que a prefeitura não pode interferir nas negociações entre o sindicato patronal e o sindicato que representa os funcionários, ainda salientou que a prefeitura cobrou que os 70% da coleta conforme determinação do TRT fosse cumprida e quando notaram possíveis irregularidades nisso, a empresa sofreu multa. 

Nova audiência aconteceu na tarde desta terça-feira, dia 14, e mais uma vez terminou sem acordo. Os trabalhadores pedem reajuste de 9,5% e as empresas aceitam dar 8,5%. Acreditasse que a partir de agora deve ocorrer o julgamento do Tribunal Regional do Trabalho, que definirá o percentual de dissídio a ser aplicado pelas empresas de coleta de lixo e acatado pelos sindicatos e trabalhadores.


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