Após mais de 20 dias de greve dos garis nova audiência acontece na tarde desta terça

Os coletores de lixo e varredores de ruas estão em greve desde o dia 23 de março e a cada audiência de conciliação parece que a situação não terá fim. O impasse entre sindicato e patrões dificulta as negociações e nova audiência foi marcada para esta terça-feira, dia 14, às 14h30, no Tribunal Regional do Trabalho para tentar encerrar a greve. Na manhã de ontem, dia 13, os trabalhadores foram novamente para as ruas em Taboão da Serra e fecharam parcialmente a Rodovia Régis Bittencourt na altura do Atacadista Assaí, sentido São Paulo, no objetivo de atrair atenção para a questão. 

De acordo com o juiz Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, relator da cautelar que trata da greve dos Trabalhadores da Limpeza Urbana, a audiência tem como objetivo tentar um acordo entre as duas partes. Segue também sem data prevista o julgamento da greve pelo Ministério Publico e Tribunal Regional do Trabalho. 

"Ainda sem data para ocorrer, o julgamento do dissídio coletivo envolvendo a categoria decidirá, dentre outras questões, sobre a legalidade da greve, compensação dos dias parados e aplicação de multas por descumprimento da liminar – ainda em vigor – que determina o funcionamento de 70% dos serviços de limpeza pública, coleta domiciliar e varrição de ruas e 100% dos serviços de coleta hospitalar e aterro sanitário. A multa diária por descumprimento foi fixada em R$ 100 mil", diz assessoria de imprensa do TRT. 

Para o presidente da Federação que representa todos os sindicatos dos trabalhadores da categoria (Femaco), Roberto Santiago, a questão teria sido resolvida a muito tempo caso não ocorresse inflexibilidade por parte do sindicato patronal. “Enquanto mais de 30 cidades fecharam acordo de reajuste equivalente aos 9,5%, o Selur oferece, intransigentemente, um reajuste de apenas 8,5%. Isso é lamentável”, aponta Santiago. Que ainda completou que mesmo após mais de 20 dias, os trabalhadores seguem firmes "os trabalhadores continuam firmes, unidos e em greve. Os patrões querem nos derrotar pelo cansaço, mas não vão. O movimento continua sem data para terminar. Já fomos coagidos e assediados moralmente, porém, não vamos recuar nos nossos pedidos. Os trabalhadores estão lutando pelos seus direitos, pela sua dignidade”, afirmou.  




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