Prefeito de Itapecerica Erlon fala sobre os 30 dias de governo e relação com a câmara

As últimas semanas em Itapecerica da Serra têm sido turbulentas entre o poder legislativo e executivo. Há 30 dias no governo do município, o prefeito Erlon Chaves falou com o Jornal na Net sobre a relação com a Câmara Municipal, o reajuste salarial dos funcionários e o período de transição do seu governo.

Erlon afirmou que o impasse político que está rondando a cidade sempre existiu e como seu governo é da base de oposição é natural que esse embate aconteça. O prefeito ressaltou a importância da relação com a população nesse período.

“Quem estão reclamando são pessoas que foram atingidas com nossa administração, que atingiu interesses pessoais. Eles vão fazer interferências ao nosso governo, mas a população está vendo nós estamos participando de tudo e estão aplaudindo nossas ações e é isso que importa, nós somos um governo popular, quem manda é a população”, afirmou.

Sobre a relação com a câmara, o prefeito disse que lamenta que a câmara entenda as ações do seu governo e as mudanças como algo pessoal. Erlon afirmou que a maioria dos vereadores eram da situação da gestão anterior e ficaram na oposição do seu governo.

“O que eles poderiam ter é um pouco de sensatez e agir como legisladores. Por que o prefeito tá lá e não pode falar, independente do artigo tal? É uma questão pessoal, porque se eles fossem no executivo eles poderiam falar. Eles estão prestando um desserviço para a cidade, pois ainda possuem uma expectativa que o governo vai Chuvisco voltar”, disse Erlon sobre a impossibilidade de usar a tribuna na Câmara.

O prefeito afirmou que não foi na última sessão, a qual teve duras críticas, porque já imaginava que seria atacado, mas que nas outras vezes que esteve presente sempre escutou as críticas tranquilamente. Sobre os projetos de lei enviados para o legislativo, o prefeito afirma esperar que votem pelo bem da cidade. 

“Os projetos serão encaminhados para câmara e se eles voltarem contra será pessoal. Enquanto eles estão nos questionando nós vamos limpar essa cidade. Trazer médicos, enfermeiras e visibilizar mudanças para Itapecerica”.

Sobre o rodeio desse ano o prefeito afirmou que a empresa Pacheco vem de acordo com a proposta do governo popular. Erlon disse que a empresa, que realiza grandes rodeios no país, aceitou os dois domingos populares sem objeções.

“Nós estamos falando muito sobre ações sociais e parcerias. Quando eu falei sobre entrada por alimentos, sala de jornalistas, de enfermeiros, dos painéis da entrada da cidade, dos descontos, eles concordaram. Agora a outra empresa nem falou comigo, acho que ficaram aguardando a volta do Chuvisco”, disse.

Um dos assuntos mais falados dos últimos dias também foi comentado pelo prefeito. Erlon foi enfático em afirmar que não está contra a reposição salarial da prefeitura, mas que precisa ser analisado junto a nova gestão.

“Uma coisa é prometer 5,8% e outra coisa é ter recurso suficiente para manter. O que nós pedimos para o sindicato foram 90 dias para analisar, já se passaram 30 dias, então faltam 60 dias. Nós vamos discutir sim a reposição, ela pode ser escalonada durante o ano, eu posso dar 2,5% agora e 4% depois, durante o ano. Nós precisamos ver as folhas, já vimos a primeira, vamos ver a do próximo mês e uma terceira para fazer uma análise”, explicou.

Sobre a rescisão do contrato dos funcionários exonerados, Erlon afirmou que será proposta uma audiência de conciliação. “Existem horas que nós não concordamos, como vamos pagar alguém que está com irregularidade. O cargo de confiança não é nosso é do governo anterior, quem contratou 400 pessoas não fomos nós”, disse.

O prefeito de Itapecerica da Serra afirmou que não existia necessidade de 400 pessoas de cargo de confiança e que até agora o seu governo contratou 60 pessoas e o máximo que pode fazer é chegar a 50% do número de contratados anteriormente. “Nós vamos agir de acordo com a lei, a lei nos dá o direito da conciliação e vamos fazer isso”, finalizou. 



Assessor de Comunicação Elmo Amorim, fala sobre críticas do presidente

Na última sessão parlamentar (dia 27 de maio) o prefeito foi criticado pelos vereadores e presidente da câmara, sendo chamado de ditador. O funcionário da comunicação Elmo Amorim também foi citado na tribuna, devido a um comentário que fez no facebook falando sobre a falta de respeito da casa com o prefeito. Lembre

Elmo falou para o Jornal na Net sobre o período em que trabalhou para a vereadora Maria do Cachimbo e sobre as críticas que sofreu do presidente da câmara Cicero Costa e vereador Cleber Bernardes.

“Eu defendi o prefeito, porque achei que foi falta de educação dos vereadores não terem chamado ele para compor a mesa e ter agradecido a sua participação na sessão. Eu coloquei no facebook que era falta de respeito, porque eles tinham que ter educação”, disse.

Sobre a fala do presidente Cicero Costa, Elmo afirmou que não trabalhou por quatro anos na câmara, pois com um ano e meio ele pediu exoneração do cargo de assessor. O funcionário da comunicação disse ainda que na ocasião descobriu que havia sido exonerado há 15 dias, sem comunicação prévia.

“Nesses um ano e meio que fiquei na câmara eu descobri muita sujeira e denunciei. Se eu como assessor não poderia trabalhar com a consciência limpa e ajudar a população eu preferi sair”, disse.

Elmo afirmou não ter nada pessoal contra o presidente da câmara e o vereador Cleber Bernardes, que também falou sobre ele, mas se sentiu ofendido por terem falado dele sem direito de defesa.

“Eu estava lá como munícipe e fiquei muito chateado e me senti ofendido, mas isso não vai me diminuir. Eu respeitei a fala dos vereadores, eu só quis ter o direito de resposta, porque houve muitas falhas no que falaram de mim”, afirmou.

Elmo finalizou a conversa mostrando sua carteira de registro de jornalista, para comprovar que ele é um profissional da área. “Falaram que eu não sou jornalista, mas eu sou. Trabalho com gráfica desde os anos 70 e tenho mtb por praticar a profissão”, finalizou.

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