Câmara aprova mudanças no Plano Diretor de Taboão em clima de festa

Por Sandra Pereira | 2/07/2014

Numa  sessão marcada pelo clima festivo a Câmara de Taboão da Serra aprovou nesta terça-feira, 1º de julho, aprovou em regime de urgência especial, as propostas de alterações no Plano Diretor da cidade, como havia sido acordado anteriormente com integrantes do Movimento Sem Terra (MST). A aprovação foi amplamente comemorada pelo movimento já que a cidade passa a ter 680 mil metros quadrados de áreas de Zeis. A área conhecida como Paulo Colombo permanece como está. O terreno da Kizaemon foi trocado por uma área de 20 mil metros quadrados no Laguna. A Niase ficou de fora e houve ampliação da Zeis do Salete.

A sessão foi considerada histórica tanto pela votação quanto pela articulação e entendimento entre os poderes Legislativo, Executivo e o MST. O projeto foi aprovado por unanimidade e agora deverá ser submetido a segunda votação. O vereador Carlinhos do Leme se emocionou durante a comemoração do resultado da votação e acabou se rendendo às lágrimas.

De acordo com o líder do MST, Paulo Félix, Taboão da Serra tem déficit de 17 a 18 mil moradias. Ele contou que o MST está atuando em parceria com o MTST e a meta de ambos é garantir a construção de moradias para atender a demanda. Félix observou que a cidade passa por um processo natural de verticalização já que não há mais espaços em Taboão para construção de casas.

“A tendência natural é de verticalização. Hoje é um dia histórico a Câmara se reencontrou com a sua vocação de estar ao lado dos movimentos populares. Nosso desafio agora será buscar recursos para construir moradia com qualidade”, afirmou Paulo Félix.

Ele foi amplamente elogiado pelos vereadores e disse estar emocionado com a receptividade da câmara. 

O presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega (PR), que retomou o diálogo com o MST, afirmou que a Câmara está de portas abertas para receber o movimento. Nóbrega disse que o prefeito Fernando Fernandes recebeu de pronto as propostas do MST e tornou possível a aprovação considerada histórica para a cidade. 

Até mesmo os vereadores da oposição aprovaram a proposta e chegaram a dizer que a mesma não fere os anseios dos movimentos sociais, comprovando o consenso que predominou em relação ao tema.

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