Taboão terá 14 leitos de UTI municipais, diz prefeito em coletiva
Prefeito falou que manifestação pela abertura do Akira foi política e disparou críticas à oposição
Por Sandra Pereira | 3/02/2014
Taboão da Serra vai inaugurar 14 leitos de UTI no Pronto Socorro do Antena. A cidade será a primeira da região a ter leitos municipais de UTI. A quantidade será maior do que a existente no Hospital Geral do Pirajussara. A inauguração dos leitos de UTI, os investimentos na saúde municipal como a construção de novas unidades de saúde e a reforma e transformação do antigo Pronto Socorro Akira Tada em um centro de especialidades foram alguns dos temas abordados pelo prefeito Fernando Fernandes durante entrevista coletiva à imprensa nesta segunda-feira, 3. Ele lembrou a crise vivida pela saúde municipal e disse que a área representa o maior desafio de seu governo.
“É de conhecimento de toda a cidade a situação crítica que encontramos a saúde. O Akira Tada era o mais criticado pela falta de estrutura. Nós inauguramos o Akira em 91. A cidade mudou totalmente o perfil desde então. O Akira ficou obsoleto. Eu tinha resistência em fazer visita lá. Era repugnante ver a situação que as pessoas vinham sendo atendidas. Não tinha mais condições estruturais do Akira continuar. Já havia sido feito todos os puxadinhos possíveis. Daí nós abraçamos a obra da UPA, levamos o Akira Tada para lá e onde funcionava o antigo Akira teremos atendimento de especialidade e Unidade Básica. Qualquer pessoa com dois neurônios reconhece que o prédio do novo Akira é melhor que o antigo”, salientou o prefeito.
Durante a coletiva o prefeito classificou de política a manifestação realizada em favor da abertura do Akira no último domingo, 2. Ele acusou as lideranças do movimento de serem responsáveis pelo sucateamento da saúde em Taboão. Também disse que integrantes do MST estariam sendo forçados a participar do ato para não perder o acesso aos programas de moradia. Fernando Fernandes ainda disse que o ex-vereador Paulo Félix utiliza o movimento com fins políticos na tentativa de conseguir espaço no governo, possibilidade descartada por ele.
“A Márcia do PT foi vice-prefeita 8 anos. O Wagner foi vereador. Eles tiveram 8 anos pra fazer. Eles eram governo podiam realizar ações. O Eduardo Rijo era do governo. Eles não fizeram nada. Pelo contrário. Admitiram a corrupção. Agora eles querem fazer movimento? E ainda mais o Paulo Félix obriga os Sem Terra a virem fazer manifestação? Nem sequer o antigo Akira Tada era referência das famílias do MST. Qualquer pessoa da região do Pirajussara está mais próxima do novo Akira do que daqui”, disparou o prefeito. “Esse é um movimento político de pessoas que fazem oposição ao governo. Mas, não vou colocar ninguém no governo por conta de ameaças”, alfinetou.
Fernando Fernandes lembrou que o ex-vereador Paulo Félix queria ocupar a secretaria de Habitação. Também revelou que numa visita a praça Luiz Gonzaga Paulo Félix chegou a ameaçá-lo durante uma discussão acalorada.