Enchente deixa rastro de destruição em Taboão da Serra e Embu
Por Sandra Pereira | 23/01/2014
A enchente provocada pela forte chuva desta quarta-feira, 22, deixou um verdadeiro rastro de destruição na região. Milhares de famílias viram a água e a lama invadir suas casas e destruir em instantes o fruto do trabalho de suas vidas. Em vários bairros de Taboão da Serra e Embu das Artes centenas de moradores perderam tudo na enchente considerada pelos habitantes mais antigos a pior das duas últimas décadas. Quando a água começou a entrar nas casas os moradores tentaram salvar o que podiam. Veja fotos da tragédia aqui. Assista aqui vídeo que morador gravou da água invadindo sua casa.
Em Taboão da Serra o bairro do Clementino foi duramente castigado. Todas as ruas do bairro foram invadidas pela água que transbordou do Córrego Pirajuçara. A água cobriu a passarela de pedestres instalada sobre o córrego. A rua Nicolau Gentile foi a mais afetada. Houve desespero entre os moradores. A revolta não demorou a ocorrer e a população queimou no meio da rua objetos destruídos pela enchente.
“Moro na rua João Antônio da Fonseca há 28 anos e sempre tem enchente. Esse ano não deu pra salvar nada. A água veio até o teto. Perdemos tudo. O piscinão estava cheio”, desabafou Vanessa Kizionomura. Ela disse que a parte do Marabá e o Jardim Leme ficaram ilhados.
Na Kiazemon Takeuti a água e a lama invadiram sem piedade residências e comércios. Ao longo de toda a avenida vários estabelecimentos foram totalmente destruídos. No Leme a enchente também atemorizou a população. O problema se repetiu no Sílvio Sampaio.
Em Embu das Artes as regiões do Casa Branca, Macedônia, Independência, Santa Tereza, Jardim Fabiana, Parque Luíza, Valo Verde, Fátima e Jardim do Colégio foram totalmente devastadas e centenas de moradores perderam tudo. O desespero fez muita gente participar de protestos. Num deles no Jardim Casa Branca a polícia usou bombas de gás e até balas de borracha.