Morre o escultor Rivelini de Embu das Artes

A Palhoça, no Centro Histórico de Embu das Artes, não tem mais Rivelini (31/5/1948-8/11/2013). “É difícil falar da perda de um amigo, com quem se conviveu no dia a dia em todos esses anos”, declarou Mário Ramos (da Palhoça), que dividia espaço com  o escultor, que morreu às 8h50 de hoje, 18/11, vítima de câncer. O corpo está sendo velado na Capela de São Lázaro no Centro Histórico, desde às 17 horas. 

O artista plástico, “irreverente, sincero, honesto com amigos e clientes”, segundo Mário, era capaz de perdoar e pedir perdão. Conta que chegou a brigar com Rivelini, mas no dia seguinte ficaram amigos de novo, depois de um abraço e choro. “Sempre foi um artista contestador. Tinha hábitos intempestivos, mas também grande humildade. Sabia perdoar. Foi um dos amigos mais sinceros que tive”, diz Mário. 

Rivelini trabalhava com pedra sabão, madeira e mármore e como escultor permaneceu na Feira de Embu das Artes desde 1996. “É autor de uma arte insólita,  que agora voltou à moda na Europa. Ele participou de vários salões de Arte na cidade e não faltava na Feira, era um trabalhador”, conta a terracotista Tônia do Embu, coordenadora do Memorial Sakai. Assim como Mário, ela também conheceu a intempestividade do falecido. “Brigamos, mas sempre fomos amigos.”                                                                    

O som da percussão de Rivelini, cheio de vigor pelo seu próprio temperamento, também não será esquecido por amigos como Tônia e tantos outros que fez na cidade durante os 37 anos que viveu em solo embuense. Ele deixa dois filhos do primeiro casamento. Com a segunda mulher, Maria Helena Lopes Rivelini, viveu 28 anos. 

Para Tônia, os grandes artistas deveriam ter uma escultura para que jamais fossem esquecidos.  E o paulista, do bairro do Tatuapé, na Capital, com “uma arte que se baseava no dia-a-dia no Brasil”, seria um deles. Informações: (11) 973-296384.

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