Fernando Fernandes e Eduardo Nóbrega rebatem críticas em reunião do Conisud

Por Sandra Pereira | 18/10/2013

O prefeito de Taboão da Serra, Fernando Fernandes (PSDB) e o presidente da Câmara Municipal, Eduardo Nóbrega (PR), responderam às críticas que sofreram na reunião do Consórcio dos Municípios da Região Sudoeste de São Paulo (Conisud), nesta quinta-feira, 17, relembre aqui. Fernando Fernandes rechaçou as acusações de ingerência no Legislativo e observou que tanto a questão do retorno no km 276 quanto a instalação do Poupatempo em Taboão da Serra estão sendo politizadas. Fernandes disse que não foi convidado para participar da reunião ocorrida essa Brasília com a ANTT e os demais prefeitos da região. Ele explicou que se ausentou das reuniões do Conisud em razão da politização dos temas debatidos. 

“Não exigi nada do presidente da Câmara. Nós somos um grupo político e discutimos a questão política. Eles queriam tirar uma bandeira nossa. A bandeira deles é o retorno para os empresários. A nossa é retorno do povo, no km 276. Fizemos uma análise de governo a respeito. O Eduardo Nóbrega foi o primeiro a enxergar que eles queriam tirar o retorno do povo e levar para os empresários.  Nós fomos lá ver e comprovamos que o retorno do km 276 atende toda a população do Pirajuçara de Taboão e de Embu”, disse o prefeito de Taboão.  

Fernando Fernandes garantiu manter relação harmônica com os prefeitos das demais cidades do Conisud. Disse que ajuda as prefeituras vizinhas sempre que é solicitado. “Não tenho problema com nenhum prefeito, nem com o Chico Brito, que é do PT. Nunca tive problema com eles. Mas não vou aceitar provocação na nossa cidade. Eles têm que entender que o gesto ostensivo partiu deles. Se eles não tivessem vindo na nossa cidade criticar uma ação do nosso plano de governo poderíamos até discutir parceria. Agora eles vieram pro confronto com o governo e eu posso ter muitos defeitos, mas hipócrita eu não sou”, disparou. A fala do prefeito se refere à participação do deputado Geraldo Cruz no ato realizado no último sábado na praça Luiz Gonzaga, contra a instalação do Poupatempo no local. 

Em resposta  às críticas de que teria uma visão política ultrapassada e separatista o prefeito se valeu do fato de ter participado da fundação do Conisud para comprovar sua atuação em defesa da unidade e coletividade.  

“Sou fundador do Conisud. Não sou separatista e nem tampouco fiz ingerência no Legislativo. Agora sentei com o Eduardo sim. Ele é governo. Nós sentamos e discutimos o assunto politicamente. O grupo que está contra a mim é formado pela petezada mais o Paulo Félix que fez campanha comigo e agora está na oposição porque não tem o espaço que queria no governo”, declarou.  

Sobre o fato do prefeito Chico Brito ter anunciado que pretende procurá-lo para conversar sobre a reunião agendada para o dia 30 Fernandes disse que se o presidente do Conisud propor a unificação do discurso vai pedir que ele se posicione por inteiro. “Quero saber qual o pensamento dele expresso em relação ao Poupatempo e a ação do deputado Geraldo Cruz de vir na nossa cidade criticar uma ação do nosso governo. O deputado foi bem votado em Taboão. Voto gera responsabilidade e obrigação. Em relação ao Poupatempo tem um ditado que se aplica bem ao deputado: quem chegou agora para criticar devia ter chegado mais cedo e ajudar a fazer. Se ele quiser trazer recursos será bem vindo porque a cidade deu voto para ele”. 

O prefeito repudiou qualquer tipo de retaliação ao superintendente do DENIT, Ricardo Madalena, que esteve em Taboão da Serra e constatou in loco a necessidade de implantação do retorno na nossa cidade. “Ele deveria estar sendo homenageado pelo Conisud. Ele só nos ajudou. Deveria receber menção honrosa pelo seu trabalho. Será que eu sou o ditador? O funcionário veio de Brasília nos ajudar agora porque não veio pelas mãos deles tem que ser retaliado?”, questionou. 

Na mesma linha do discurso do prefeito Fernando Fernandes, o presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega, ressaltou que  dispositivo de retorno no km 276 será  importante para Taboão e Embu. “A questão é que o PT politizou o retorno. Eles querem a harmonia do discurso quando é interessante pro PT. O Poupatempo é uma ação do meu governo eles não pensaram em harmonia nesse aspecto.  Eu não tinha feito a leitura de que o PT não estava alinhando o discurso com o nosso governo em  outras causas importantes para a nossa cidade como o Poupatempo”, disse. 

O presidente confirmou que não ter sofrido pressão do prefeito Fernando Fernandes para desmarcar a reunião na Câmara e disse que a divergência política deu-se em razão da falta de entendimento sobre as ações do governo municipal, que ele íntegra, participa e defende. 

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