Chico Brito diz que vai lutar por dois retornos, mas garante que o de Taboão é prioridade

Por Sandra Pereira | 8/10/2013

Não para de crescer o apoio à construção do retorno no km 276 da Régis Bittencourt para atender aos moradores da região do São Judas, Indiana, Margaridas, Salete, São Moritz e Pirajuçara, em Taboão da Serra. Durante reunião nesta terça-feira, 8, o prefeito de Embu das Artes, Chico Brito, garantiu que vai brigar por dois retornos, mas se apenas um puder ser construído irá apoiar o que melhor atende aos moradores de Taboão da Serra. Ele  criticou as declarações do presidente da Câmara Eduardo Nóbrega, dando conta de que teria tirado o retorno de Taboão e a ausência do mesmo na reunião, ocorrida na igreja do Padre Lulinha no Jardim São Judas. Os prefeitos de Itapecerica, Chuvisco e de São Lourenço da Serra, Fernandão, participaram da reunião que também contou com a presença de vereadores de várias cidades da região. De Taboão marcaram presença os vereadores Cido, Lune e Moreira.

No domingo, 13, o MST planeja fechar a Régis nos dois sentidos para cobrar a construção da alça no 276. O ato deve ser reforçado por lideranças e autoridades. Os manifestantes pretendem pautar a grande mídia e exigir resposta da ANTT e do governo federal sobre a construção do retorno.

“Vamos lutar pelos dois viadutos. Mas se no final só um deles puder ser construído iremos optar pelo que melhor atende à população de Taboão da Serra. Estamos unindo prefeitos e vereadores de toda a região e desmistificando a idéia de que Embu era contra o retorno der Taboão. Quem está tentando criar disputa política nesse assunto quebrou a cara”, afirmou o prefeito Chico Brito.

Ele declarou ao Jornal na Net que o presidente da Câmara está fazendo política de forma errada e  lamentou a ausência de Eduardo Nóbrega na reunião, bem como as declarações acusatórias feitas na tribuna.

“Só tenho que lamentar as declarações e a ausência do presidente da Câmara de Taboão nessa reunião. Espero que ele use essa posição de presidente  para estar junto com o Consórcio na luta para beneficiar Taboão e as outras cidades e não dessa maneira equivocada”, apontou Chico Brito.

O prefeito reconheceu que existe uma demanda popular em relação ao retorno de Taboão da Serra. Disse que o retorno no Embu visa reduzir o tráfego de caminhões pesados na avenida João Paulo, e observou que a alça de Taboão atende maior quantidade de pessoas.  “Disse, repito e assino. Iremos lutar pelas duas alças, mas se apenas uma puder ser feita vamos apoiar a de Taboão da Serra”, reafirmou.

O presidente do Conisud disse que a região não pode ser tratada “como fundo de quintal” por nenhum governo. “Não vamos mais para Brasília tratar desses assuntos. Vamos gritar tão alto que serão eles que vão vir até aqui  nos atender”, disse.

Representando o MST o ex-vereador Paulo Félix anunciou que o movimento prepara para o domingo um grande ato na Régis Bittencourt, a partir das 11 horas da manhã. Ele disse que a meta é fechar a rodovia nos dois sentidos até que algum representante da ANTT, do governo Federal ou da Arteris vá até o local do protesto ouvir a reivindicação dos moradores.

“ Não estamos procurando divergências. Não vamos permitir que se jogue uma cidade contra outra. Nós queremos as duas alças. Se uma beneficia o parque industrial onde estão os empregos a outra atende 70% dos moradores de Taboão. As duas são essenciais. A manifestação de domingo será grande e não vamos recuar. Vamos nos reunir 10 horas no Salete e passar pelos bairros indo em direção a BR. Queremos chegar no local por volta das 11 horas”, antecipou Paulo Félix. “Essa marcha vai ganhar os gabinetes em Brasília e vamos ter as respostas que buscamos. Queremos que algum órgão federal assuma a responsabilidade da obra, completou.

O vereador Cido taxou de falta de respeito com a comunidade a ausência na reunião da Autopista Régis Bittencourt, Arteris, da ANTT e do DNIT. Também observou que a questão não está fundamentada em disputas partidárias. Lembrou que a mobilização em favor do retorno é antiga e conta com apoio irrestrito da população. O vereador lembrou que os congestionamentos constantes no viaduto da Paulo Ayres comprovam o estrangulamento da via e a necessidade do novo retorno.

Organizador da reunião o padre Lulinha pregou a unidade das cidades, lideranças e autoridades políticas para viabilizar a conquista que atende a uma antiga reivindicação dos moradores de Taboão. “A meta é que uma cidade ajude a outra e tenhamos o retorno no  276”, disse.

Queixas e mais queixas

Durante a reunião o prefeito de Itapecerica da Serra, Amarildo Gonçalves, o Chuvisco, lembrou que desde 2010 a cidade aguarda a construção de um retorno no km 288 assim como a passagem de nível prevista para o km 292. Ele disse que a construção do dispositivo já foi adiada quatro vezes e atualmente está prevista para ser iniciada em março de 2014. Chuvisco disse que a mobilidade é um dos principais problemas enfrentados atualmente em Itapecerica. Disse que a cidade tem uma longa lista de reivindicação junto à Autopista Régis Bittencourt.

“Se a gente não cobrar a Autopista e a ANTT vamos continuar do mesmo. Só adiando as obras que estão previstas no PER. Nós temos a obrigação de lutar pelo que a população espera. Estamos aqui representando 8 prefeitos, vereadores e toda a comunidade dessas cidades”, declarou Chuvisco.

O prefeito de São Lourenço da Serra, Fernando Seme, o Fernandão, salientou que os problemas no trânsito de Taboão da Serra atingem os moradores de toda a região. Ele também defendeu a necessidade de unificar a região para fortalecer as demandas de cada cidade.

Durante a reunião também foram registrados os problemas  no  retorno recém aberto em São Lourenço da Serra, alvo constante de criticas pelos moradores do município.


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