GCM de Taboão ajuda mulher agredida pelo marido e posta na rua com 5 filhos pequenos

Por Sandra Pereira | 25/04/2013

Depois de ser agredida pelo próprio marido dentro de casa e ser colocada para fora junto com os cinco filhos, Adriana Silva, moradora da periferia de Embu das Artes, enfrentou uma noite de amarguras nesta quarta-feira, 24. Não bastasse o trauma da violência doméstica ela e os filhos ainda foram abandonados no meio da rua pelos policiais acionados por vizinhos para socorrê-la.  As crianças têm idades entre dois e oito anos e assistiram as cenas de violência praticadas pelo pai.

Após serem tiradas de casa pela polícia e deixadas no meio da rua elas tiveram que andar junto com a mãe por mais de quatro quilômetros para se refugiar em Taboão da Serra. Foi a atuação rápida e sensível da Guarda Civil Municipal de Taboão que ajudou a minimizar o sofrimento da família.

“Ele chegou em casa mordeu a minha orelha. Bateu no meu rosto e começou a me machucar na cabeça. As crianças viram e começaram a chorar. Os vizinhos ouviram e chamaram a polícia”, relatou.

Adriana e os filhos dormiam na garagem de uma residência quando foram localizados pela GCM. Antes disso eles chegaram a dormir numa escadaria. Mas, ao ver sofrimento deles uma família permitiu que a mãe e os filhos passassem a noite na garagem. O frio intenso da noite foi amenizado por cobertores e roupas doadas por moradores que viram a situação da família.

“Não quero mais viver assim. Agora quero trabalhar e cuidar dos meus filhos”,garantiu.

Os GCMS que atenderam a família agiram prontamente fazendo contato com a polícia de Embu e a GCM de Cotia. A operação conjunta serviu para levar Adriana até a casa da mãe, no bairro Caucáia do Alto, onde planeja iniciar uma nova etapa de sua vida longe das agressões do companheiro.

“Foi um trabalho bonito. Fizemos uma operação conjunta com a GCM de Cotia e conseguimos ajudar essa família. A gente que tem filhos não imagina como é um sofrimento assim”, relatou um dos guardas que ajudou na ocorrência.

Antonio Neto, 35 anos, o marido e agressor de Adriana fugiu depois de agredi-la mais uma vez na frente dos filhos. Os dois viviam juntos há 12 anos e a violência fazia parte da rotina do casal. Ela diz que já chegou a procurar a  ajuda da polícia para  ser protegida pela Lei Maria da Penha, mas não teve sucesso.

Outro lado

Por meio de nota a  Polícia Militar garantiu que irá apurar os fatos relatados por Adriana. Segundo a mensagem, "no registro de atendimento no COPOM regional (Osasco), que não consta solicitação via 190 para a ocorrência relatada".

A PM pede ainda que a vítima "que não teria recebido tratamento adequado que compareça à sede da Polícia Militar para registrar a queixa, dando melhores detalhes, e também ajudar a instituição a melhorar seus serviços".

Com informações do R7

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