Falta de água inferniza vida de moradores de vários bairros em Taboão da Serra

Por Sandra Pereira | 3/03/2013

A falta constante de água está tirando o sossego dos moradores da parte alta do Jardim Saint Moritz, São Judas e Vila Indiana, em Taboão da Serra. Inconformados com o problema cada vez mais constante eles criticam a prestação de serviço feita pela Sabesp. Reclamam dos valores das contas e dizem que o atendimento da empresa é ruim. Em várias ruas dos bairros citados a situação é crítica e alguns moradores já falam em fazer um protesto na Régis Bittencourt a fim de chamar a atenção da empresa para a falta de água na região. A Sabesp admite a situação e diz que até o segundo semestre de 2014 o problema deve ser minimizado na região.

Na rua Carlos Drumond de Andrade os moradores dizem não suportar mais a falta de água. Na parte mais alta da rua a maioria alega que a água só chega por poucas horas durante o dia, dificultando a realização de várias tarefas domésticas e até mesmo a higiene pessoal. Nas residências com crianças pequenas os pais são obrigados a comprar água mineral para dar banho nas crianças e cozinhar.

“Essa situação está insuportável. A gente paga água todo mês e quase não usa. Tenho que comprar água para beber e dar banho nas crianças”, conta a moradora Tamires da Silva.

De tanto sofrer com falta de água a vizinha dela acabou comprando vários baldes grandes para armazenar água. Mesmo assim reclama que várias vezes é pega de surpresa pela falta de água. “Não entendo porque isso acontece se a conta da gente é alta e chega certinho. Tem vezes que fica muito tempo sem água e a conta vem alta como se cobrassem o ar que passa pelos canos”, dispara  Jociana Alves dos Santos.

De acordo com os moradores há mais de cinco anos a na parte alta dos bairros a água só chega durante a noite das 23h até as 6 horas. “Na maioria das vezes não dá nem pra encher as caixas de água e as pessoas tem que se virar”, lamenta Elza Amorin.

Questionada pelo Jornal na Net para responder às queixas dos moradores a Sabesp esclareceu que até o segundo semestre de 2014, serão implantadas novas redes de distribuição que irão aumentar a oferta de água na região afetada pela falta de água. “Trata-se de área com acentuado crescimento populacional, que somado aos períodos de altas temperaturas, pode apresentar picos de consumo”, alegou a empresa em nota. 

A Sabesp informa ainda que a curto prazo irá instalar um aparelho para monitorar a pressão de água e detectar se há algum problema pontual na rua em questão. Após o resultado dessa análise, a companhia tomará medidas para otimizar o abastecimento, como a realização de direcionamentos de água em casos emergenciais.

Sobre a queixa dos moradores de que o ar que circula nos canos é cobrado nas contas a empresa ressaltou que a entrada de ar na rede não altera o valor da conta. “O ar que entra na tubulação faz o hidrômetro rodar para trás (quando entra na tubulação) e para frente (quando sai da tubulação), assim, o giro para um lado compensa o giro para o outro”, assegura a empresa.

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