Servidores da usina continuam sem aumento

Por Sandra Pereira | 13/07/2011

Foram mais de quatro horas de espera, expectativa e muito debate. Mesmo assim os funcionários da usina de Taboão da Serra deixaram a câmara municipal nesta terça-feira, 12,  sem garantias de que vão receber o tão sonhado reajuste salarial que a categoria almeja há 14 anos.  O vereador Cido apresentou uma emenda propondo reajuste de 11,32% aos servidores, mas a emenda motivou polêmica entre os vereadores e precisou ser vetada. 

Na mesma sessão a câmara aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentária, que estabelece as regras para a construção do Orçamento de 2012. Eles incluíram várias emendas a LDO. Além disso, aprovaram uma proposta de alteração do Plano Diretor possibilitando a construção de igrejas maiores em áreas especiais na cidade.

De um lado Cido (DEM) e Tales Franco (PRP)defenderam que a emenda garantia aos funcionários o reajuste. Do outro, os demais vereadores alegavam que a medida era arriscada já que dá aos servidores a falsa impressão de que o aumento já estaria assegurado. Diante da polêmica, os funcionários da usina que acompanharam a sessão se dividiram entre inconformados, revoltados e os que se recusavam a acreditar que o sonho do aumento ficou novamente para trás.

Os vereadores discutiram o assunto por mais de duas horas. Do lado de cá do plenário os servidores reclamavam da demora e alegavam que precisavam acordar cedo no seguinte para trabalhar. O debate sobre a emenda levou o vereador Valdevan Noventa (PDT) a usar a tribuna com uma convicção incomum a ele. 

Num discurso de sindicalista Noventa defendeu que é melhor conviver com a verdade de que o aumento precisa ser discutido com o prefeito do que “enganar” os servidores com uma aprovação que não terá nenhum efeito prático.

“Todos os vereadores aqui devem estar juntos com vocês participando dessa reunião com o prefeito”, sugeriu. 

Nesta quinta-feira  (14) o prefeito Evilásio Farias  (PSB) deverá receber uma comissão de funcionários .Comedido, Paulo Félix (PSDB) disse que na mesa de negociação ambas as partes devem ceder para chegar a um entendimento.


“Não estamos aqui falando de aumento, mas sim de reajuste, que ainda é muito pouco”, criticou Cido autor da emenda que pediu o reajuste.

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