Escolas estaduais da região retomam as aulas presenciais nesta segunda, 8 em meio a greve

Por Mariana Félix | 8/02/2021

Nesta segunda, 8 as aulas da rede estadual do estado de São Paulo retornaram as atividades presenciais mesmo o sindicato dos professores aprovando na última sexta-feira, 5 uma greve contra o retorno das atividades. Os alunos poderão escolher se vão retornar ou não para a sala de aula. A decisão contou com o apoio de 81,8% dos professores.

Em Taboão da Serra, as escolas estaduais foram reformadas desde o inicio da pandemia. As instituições tiveram pisos trocados e pinturas feitas além de serviços básicos como limpeza e higienização dos banheiros. A E.E Professor Laert Almeida São Bernardo que fica no Jardim Saint Moritz vem sendo motivo de orgulho para os alunos.

Evelyn Santos de 16 anos que está no ultimo ano do ensino médio diz que a escola tem um lugar especial no seu coração e comemora a reforma em entrevista para o Jornal na Net.

“Estudo aqui desde o sétimo ano, e eu me lembro que a escola era feia por dentro, o banheiro nem tinha descarga funcionando direito, estou animada para voltar em grande estilo no meu ultimo ano e aproveitar essas mudanças da escola, eu passei muitos anos aqui ela é muito especial para mim e tem um lugar reservado no meu coração, conheci minhas amigas e meu namorado lá dentro” conta a aluna.

Muitos pais estão inseguros entre mandar ou não os filhos para as aulas presenciais, alguns acreditam que seja bom para distrair a mente e é só tomar os cuidados necessários.

Maria do Rosário, mãe da pequena Fernanda de 11 anos, que vai iniciar o sexto ano na E.E Prof Neusa Demétrio localizada no pirajussara, é o primeiro ano da menina lá e a mãe diz que a filha não vê a hora de conhecer a nova escola e não vai proibi-la de ir.

“Ela está muito empolgada com essa mudança, vai para uma escola maior e vai ter mais matérias, mesmo com o medo do vírus vou deixá-la viver isso, caso os casos subam no Taboão eu deixo ela em casa”. Completa.

Greve
A deputada estadual Professora Bebel (PT), presidente da Apeoesp, afirma que a atitude se trata de uma "greve sanitária em defesa da vida contra a volta às aulas presenciais". A sindicalista afirma que, diferentemente de outras paralisações, desta vez o foco é a saúde, preservar vidas, tanto de professores quanto de alunos, funcionários e familiares.

O governo de São Paulo afirmou que tomará as medidas judiciais cabíveis contra a greve e que Faltas não justificadas serão descontadas. A secretaria disse ainda que "lamenta que o sindicato se paute por uma agenda político-partidária completamente desvinculada do compromisso com o aprendizado dos alunos". Para a Seduc, o sindicato não leva em conta os riscos à saúde emocional e mental das crianças e adolescentes, nem do atraso educacional.

Capacidade
As escolas paulistas em áreas na fase amarela do Plano São Paulo podem passar a ter 70% dos estudantes a cada dia, presencialmente.

A medida definida no plano de flexibilização da quarentena do governo estadual já vale nesta segunda nas particulares.

As estaduais, no entanto, só deverão receber até 35% dos alunos em fevereiro, sob argumento da necessidade de adaptação gradual. Em todos os casos não haverá obrigatoriedade de presença dos estudantes e os municípios ainda podem ser mais restritos - ou seja, definir porcentual menor.

Pandemia
A volta às aulas ocorre em meio à segunda onda da pandemia de covid-19 no Brasil. O Estado de São Paulo registrou na sexta-feira o total de 54.324 óbitos e 1.833.163 casos confirmados durante toda a pandemia.

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