Projeto da SEAE de Embu está entre as 10 soluções reconhecidas pela produção de impacto socioambiental positivo

Por Assessoria de Imprensa | 6/08/2019

O projeto Plantando Jardins Filtrantes e Água Boa, desenvolvido no bairro Caputera, limite entre os municípios de Cotia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra, pela Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) foi escolhido para compor a lista das 10 ideias inovadoras, desenvolvidas no Brasil, que contribuem para a produção de importante impacto socioambiental positivo.

Outras duas iniciativas de São Paulo também compõem a seleção, sendo uma delas a Mãostiqueiras, programa de reaproveitamento de lã de ovelha em Campos do Jordão (SP), e o outro o Circuitos de Comercialização Agroecológica - sistema de circulação de produtos entre redes de agricultores familiares e consumidores - fora

A seleção é do Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para a Agenda 2030, o GT Agenda 2030, que avaliou os trabalhos desenvolvidos em várias regiões do país após uma chamada pública que recebeu inscrições de todo o território nacional. A banca examinadora contou com a curadoria da REBRAPD - Rede Brasileira de População e Desenvolvimento, Casa Fluminense, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), ONG Gestos/PE, Plan International Brasil, Bemtevi - Investimento Social e Instituto C&A.

Como prêmio, a inciativa será levada junto com as outras escolhidas para uma exposição em São Paulo, na capital, que faz parte do 1º Seminário de Soluções Inovadoras, marcado para o próximo dia 8 de agosto. A exposição servirá para apresentar e conectar os projetos selecionados a uma rede formada por investidores, fundações privadas, gestores/as públicos e, também, pessoas interessadas em fomentar soluções com alto potencial de melhoria das políticas públicas.

Promovido pelo GT Agenda 2030 e organizado pelo Instituto Democracia e Sustentabilidade, o 1º Seminário de Soluções Inovadoras vai acontecer no B_arco Centro Cultural, que fica na Rua Dr. Virgílio de Carvalho Pinto, nº426, em Pinheiros, das 13h às 18h. A participação é gratuita e os interessados devem se cadastrar previamente através do site https://www.sympla.com.br/i-seminario-solucoes-inovadoras-do-gt-agenda-2030__576532

“São as soluções inovadoras que nos permitem enxergar para além dos problemas e imaginar um novo futuro possível. Não é fácil ver o horizonte quando estamos nos afogando. Alterar o modelo de produção e desenvolvimento vigente para um modelo de desenvolvimento sustentável exige um esforço coletivo e coordenado entre os diferentes setores da nossa sociedade”, afirma Carolina Mattar, coordenadora do IDS e uma das responsáveis pelo evento.

Entre os critérios que definiram os projetos escolhidos estavam a necessidade de a ideia inovadora contribuir para o alcance de um ou mais Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), poder ser replicada em larga escala e ter como protagonistas ou principais beneficiárias mulheres, principalmente negras, indígenas e quilombolas.

o Plantando Jardins Filtrantes é um projeto que trabalha pela instalação do tratamento de esgoto por zona de raízes para garantir um melhor saneamento e qualidade de vida para a população. Já com o reaproveitamento de lã de ovelhas, o Mãostiqueiras além de ser uma fonte de renda para as mulheres de Campos do Jordão, ainda resgata as técnicas manuais de beneficiamento da lã, empoderando as participantes e reduzindo impactos ambientais. Enquanto o Plantando Jardins Filtrantes, da Sociedade Ecológica Amigos de Embu (SEAE) é um projeto que trabalha pela instalação do tratamento de esgoto por zona de raízes para garantir um melhor saneamento e qualidade de vida para a população.

O circuitos de Comercialização Agroecológica, é um trabalho para o fortalecimento da agricultura familiar, através de uma rede entre quem produz e quem consome.  O projeto contribui para a segurança alimentar, a proteção da sociobiodiversidade, a prática de agricultura sustentável, a autonomia do agricultor familiar e a geração de renda no campo. Além de São Paulo, ele tem polós em outros cinco estados da Rede Ecovida (MG, BA, SC, RS e PR). Atualmente conta com 27 núcleos regionais, abrangendo cerca de 352 municípios e cerca de 4.500 famílias envolvidas

Segundo Carolina Mattar, “o Brasil possui múltiplas soluções potentes para desafios extremamente complexos sendo produzidas localmente, que, uma vez apoiadas pelo poder público e por investidores, podem ganhar escala e contribuir enormemente para atingirmos os ODS, cumprirmos a Agenda 2030 e assim alcançarmos uma sociedade, não apenas sustentável, mas também mais justa e menos desigual”.

 

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