Detecção e mortalidade ligadas à Aids diminuem no Brasil

Por Outro autor | 27/11/2018

Tanto a detecção quanto a mortalidade ligadas à Aids têm caído nos últimos dez anos no Brasil, mostra relatório apresentado nesta terça (27) pelo Ministério da Saúde. Por outro lado, as taxas de infecção pelo HIV em gestantes têm tendência de aumento, o que não necessariamente representa mais pessoas com o vírus.

Desde 2007, a detecção de casos de Aids diminuiu cerca 9% no país. Isso não necessariamente demonstra uma realidade uniforme no país. Enquanto as regiões Sudeste e Sul apresentaram tendência de queda na última década, Norte e Nordeste mostram crescimento na detecção

Por sua vez, as taxas de mortalidade (considerando o número de mortes a cada 100 mil habitantes) apresentaram queda de 14,8% entre 2007 e 2017. Só no estado de São Paulo, por exemplo, houve queda de 41% nesse mesmo intervalo de tempo.

A variação regional também se faz presente na questão da mortalidade. Se no Sudeste, Sul e Centro-Oeste houve queda, todos os estados do Norte e Nordestes apresentaram crescimento no coeficiente de mortalidade.

Um dos pontos que chamam a atenção no relatório é a tendência de aumento na detecção de HIV em gestantes. Na última década, o crescimento foi de 21,7%. Contudo, o relatório associa a alta à maior disponibilização de testes rápidos, ampliação dos serviços de pré-natal e, portanto, maior prevenção na transmissão da mãe para o bebê.

Em compensação, desde 2007 observa-se uma queda expressiva —em todas as regiões do país— na transmissão de HIV de mãe para filho, com diminuição de 42%.

Segundo os dados apresentados, a maior parte das gestantes com HIV têm somente entre a quinta e a oitava série incompletas.

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