Passagem de ônibus e metrô vai aumentar em SP em Taboão FF negou aumento

Por Sandra Pereira | 30/12/2015

O ano de 2016 promete começar ao menos com uma boa notícia para os moradores de Taboão da Serra usuários do transporte coletivo. É que ao contrário do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e do governador Geraldo Alckmin, o prefeito de Taboão, Fernando Fernandes não vai autorizar aumento de passagem no transporte público da cidade. Será o terceiro ano consecutivo que o prefeito mantém congelado o preço da passagem que custa R$ 3,00. Já Haddad e Alckmin decidiram reajustar as tarifas de ônibus, trens e metrô em São Paulo no começo de 2016.

A viação Pirajuçara, que opera o transporte público de Taboão, solicitou aumento da tarifa no começo de dezembro e o pedido foi prontamente negado pelo prefeito. Na ocasião ele lembrou que assim que assumiu a prefeitura reduziu o valor da passagem que naquele momento custava R$ 3,20. Naquele mesmo ano centenas de manifestações contra o aumento de tarifa aconteceram em toda a região e forçaram os governos a voltar atrás. Taboão reduziu a passagem antes dos protestos. 

Mas, mesmo assim a qualidade do transporte público na cidade é alvo constante de críticas seja pela superlotação, demora, ou até ao tratamento ruim dispensado aos usuários em especial portadores de necessidades especiais. Recentemente o Jornal na Net recebeu denúncia de maus tratos a idosos e deficientes físicos na linha 2 circular. Testemunhas disseram que por pouco os moradores não agrediram o motorista. 

Na capital o prefeito Fernando Haddad autorizou aumento de  passagens unitárias de R$ 3,50 para R$ 3,80. O aumento de 8,6% será um pouco abaixo da inflação acumulada -a previsão do IPCA para 2015 é de 10,72%. A medida também acaba afetando moradores da região de Taboão, Embu e Itapecerica que trabalham na capital e usam o transporte coletivo.

No caso dos ônibus, já está definido que a nova tarifa entrará em vigor a partir do dia 9 (sábado). Os valores dos bilhetes únicos mensal e semanal devem continuar congelados em R$ 140 e R$ 38, respectivamente, assim como ocorreu em janeiro deste ano.

Haddad buscou articular com Alckmin e prefeitos da região metropolitana um aumento simultâneo nas tarifas de transporte, na tentativa de diluir o desgaste político. Já se sabe que outras cidades da Grande SP também adotarão o reajuste.

A elevação das passagens ocorrerá em meio à crise econômica no país e em ano de eleições municipais, quando Haddad tentará se reeleger.

O petista cogitou manter a tarifa de ônibus congelada em 2016, mas, diante do crescimento de subsídios para bancar gratuidades e descontos e da falta de recursos do município, decidiu reajustá-la.

No caso do metrô e dos trens, a gestão Alckmin já considerava anteriormente que o reajuste era inevitável. 

Com informações do UOL

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