A Comissão de Segurança da Câmara Municipal de Taboão da Serra vai questionar a prefeitura de Taboão da Serra sobre a quantidade e o local onde estão instaladas as câmeras de monitoramento eletrônico da cidade.  Os vereadores querem saber o custo marca e modelo das câmeras e acessórios, bem como os nomes dos responsáveis pela licitação da compra dos equipamentos, assim como informações sobre como o certame foi conduzido. Após obter essas respostas os rumos serão melhor definidos e apuração sobre o sucateamento do sistema de monitoramento eletrônico da cidade vai prosseguir.

O atual secretário de segurança, Coronel Silas, garantiu aos participantes que em dois meses as câmeras de monitoramento voltam a funcionar normalmente. Ele disse que está sendo aberta uma licitação para contratar a manutenção necessária para restabelecer o monitoramento eletrônico em Taboão da Serra.

A comissão começou a esmiuçar os motivos para o não funcionamento do sistema de monitoramento eletrônico em Taboão da Serra, cujo sucateamento veio à tona após uma série de reportagens publicadas pelo Jornal na Net. Relembre, aqui e aqui. 

A responsabilidade pela falta de funcionamento do sistema foi atribuída preliminarmente à falta de um contrato de manutenção e ao prefeito Evilásio Farias. 

De acordo com o presidente da Comissão de Segurança, vereador Olívio Nóbrega, há dúvidas até mesmo sobre a quantidade de Câmeras de segurança adquiridas com recursos do Pronasci e as que foram instaladas. Taboão tem 26 câmeras de monitoramento e só duas funcionam devidamente. Os responsáveis pela implantação do sistema negam a possibilidade de ter ocorrido fraude com uso de recursos do governo federal na área de segurança em Taboão.

Durante a reunião os vereadores Olívio Nóbrega (PR), José Aparecido, o Cido (DEM),  Fausta Leite (PSB), o Jornal na Net e o Jornal Atual sabatinaram o ex-secretário Salvador Vicente Grisafi, o atual secretário de Segurança, Coronel Silas e o proprietário da empresa YBR, Youssef Bem Riman. 

“Estamos iniciando um trabalho e seria prematuro atribuir responsabilidade sobre os fatos. Mas é inegável que a responsabilidade pelos atos do Executivo é do prefeito Evilásio Farias”, apontou Olívio Nóbrega, acrescentando que a apuração vai continuar.

“Desconheço a ocorrência de fraude na implantação do sistema de monitoramento na cidade. Fizemos tudo como manda a lei e deixamos funcionando, mas o prefeito se recusou a fazer um contrato de manutenção. Esses equipamentos são sensíveis e a maioria quebrou devido à falta de manutenção”, afirmou o ex-secretário Salvador Grisafi. Ele rechaçou as críticas que vem recebendo nos comentários do Jornal na Net e taxou de covarde os que postam denuncias anônimas na internet.

O vereador Cido lembrou que a segurança é um dos temas mais discutidos na cidade e cobrou resposta da prefeitura para os problemas que afligem a população. Cido ainda lembrou que nas cidades da região os equipamentos de vigilância estão sendo aliados importantes das forças de segurança pública.

A presidente do Conseg Monte Alegre, Cida Borghi, lamentou na reunião a demora da Câmara no exercício da atividade constitucional de investigar o Poder Executivo. Ela cobrou mais empenho da Comissão de Segurança da Câmara.