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HGP não faz mais cirurgia de catarata e prejudica moradores de Taboão, Embu e Itapecerica

Por Sandra Pereira | 12/06/2023

DivulgaçãoPacientes não entendem motivos do HGP não realizar mais as cirurgias de catarata

Moradores das cidades de Taboão da Serra, Embu das Artes, Itapecerica e de toda região que necessitam fazer cirurgia de catarata por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), denunciam que estão correndo risco de perder a visão desde que o Hospital Geral do Pirajussara (HGP) deixou de realizar a cirurgia no local. O preço da cirurgia de catarata na rede particular pode custar até R$ 20 mil por olho, dependendo da complexidade.


De acordo com informações recebidas pelo Jornal na Net, faz quase 4 anos que o HGP deixou de realizar cirurgias de catarata.


Desde então, a vida de quem necessita da cirurgia para continuar enxergando se transformou numa verdadeira via crucis. A cirurgia de catarata pode significar a diferença entre enxergar e perder a visão.


“O problema é muito grave. Antes essa cirurgia era feita no HGP sem qualquer burocracia. A pessoa passava no médico, recebia o encaminhamento e pouco tempo depois realizava o procedimento, que normalmente é necessário nos dois olhos”, relata uma moradora do jardim Salete que já fez a cirurgia no local e agora tenta ajudar uma vizinha que precisa operar e já está perdendo a visão.


Dona Maria das Graças tem 67 anos e está há mais de um ano lutando para conseguir fazer a remoção da catarata que segundo ela diariamente a faz enxergar cada vez menos.


“Eu já não consigo fazer as mesmas coisas de antes. Quase não saio mais de casa, minha vista está escurecendo. Não consigo ler mais nada”, conta deprimida.


A catarata é uma doença multifatorial e pode ser congênita ou adquirida. A causa mais comum da catarata é o envelhecimento do cristalino que ocorre pela idade, denominada de catarata senil. Porém também poderá estar associada a alterações metabólicas que ocorrem em certas doenças sistêmicas.


A reportagem do Jornal na Net procurou a assessoria de imprensa da Sociedade Paulista de Medicina (SPDM), responsável pela gestão do HGP para tratar do tema dessa matéria, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.

 

 

 

 

 

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