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Encontro Escolas mais Seguras vira marco contra a violência nas escolas em Taboão

Por Sandra Pereira | 18/04/2023

DivulgaçãoDivulgação - Encontro aconteceu no Cemor, na sexta, 1

O Encontro Escolas mais Seguras reuniu no Cemur, na sexta-feira, 14, todas as forças de segurança pública de Taboão da Serra, o prefeito José Aprígio, vereadores, secretários, o deputado Eduardo Nóbrega, professores, diretores, pais, mães, o dirigente de ensino Reinaldo Inácio de Lima e a promotora da Infância e Juventude, Maria Júlia Curi. A iniciativa foi um marco na discussão do tema e mostrou aos presentes as ações planejadas no esforço de garantir a segurança nas escolas da cidade.

Todos os presentes ressaltaram a importância do trabalho em rede para garantir a segurança das crianças, dos profissionais da educação, dos pais e responsáveis. O delegado seccional Hélio Bressan salientou que a polícia está preparada para garantir a segurança das escolas e pediu aos presentes que se unam contra as fake news sobre ataques. O delegado bateu firme cobrando responsabilidade dos pais na observação e cuidado com os filhos.

A promotora da Infância e Juventude de Taboão da Serra, Dra. Maria Júlia Curi, salientou que a violência nas escolas é um problema real e grave. Ela afirmou que acredita na infância e na juventude e lamentou profundamente a crise atual nas escolas. A promotora alertou aos presentes sobre a importância do Conselho Tutelar e defendeu que as pessoas votem direito, em conselheiros tutelares capacitados para cumprir o Estatuto da Criança e do Adolescente.

“Dizer que a escola vai ser policiada me dói o coração. Para mim, escola não é lugar de polícia. Para mim, escola é lugar de aprender. A gente precisa urgente de psicólogos para atender essas crianças e jovens e orientar nossas ações. Só essa semana eu atendi de 6 a 7 jovens com boletim de ocorrência sobre violência nas escolas. Eu preciso saber se eles tem algum problema psiquiátrico e eu não tenho esses olhos, preciso que alguém me diga isso. O poder da caneta é meu. Mas não sei o que fazer… Vamos precisar de uma rede de especialistas. Além disso, é preciso pensar na questão dos pais. Não posso fazer de conta que o filho não tem pai”, disse.

Ela elogiou a percepção e atuação da equipe da E.E. Pacheco, que apontou o potencial violento do menino de 13 anos que acabou sendo transferido de escola e matou uma professora na Vila Sônia. Ela revelou que ele vai ficar 3 anos na Fundação e será liberado em seguida”.

O prefeito Aprígio garantiu reforço da ronda escolar apresentou o aplicativo "SOS Escola", da GCM, que funciona como uma espécie de botão do pânico.

"O governo está muito preocupado. Vamos fazer concurso para contratar mais 20 GCM's e ampliar a ronda escolar. Também estudaremos o aumento do efetivo com pagamento de horas extras, a contratação de mais psicólogos e uma equipe para acompanhamento das crianças e famílias", afirmou o prefeito.

A secretária de Educação, Dirce Takano salientou a necessidade de unir forças, acompanhar os alunos e familiares.
Já o tenente coronel da PM, Maurício Mota, divulgou um aplicativo da Polícia Militar "190 SP" por meio do qual é possível acionar socorro. Ele deu dicas de segurança e avisou aos presentes que a PM vai fazer vistorias nas escolas.

“Nos últimos dias atendemos 200 ocorrências relacionadas a esse tema. A maioria esmagadora não era verdadeira, mas tivemos 8 foram registradas em Embu das Artes e três em Taboão da Serra. Nelas, os alunos levaram facas e outros objetos alegando ser para proteção pessoal deles, porém isso coloca em risco a todos", alertou.

 

 

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