/

Ministério do Trabalho e Prefeitura “convocam” empresas para palestra sobre Lei do Aprendiz

Por Prefeitura Municipal de Taboão da Serra | 7/05/2011

Marcelo ValladãoGestor de Políticas Públicas da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco, Ronaldo Freixada

A Prefeitura de Taboão da Serra e o Ministério do Trabalho organizaram um encontro com o empresariado da região que visou tirar as dúvidas sobre a Lei 10.097/2000, que determina: “os estabelecimentos de qualquer natureza são obrigados a empregar e matricular em cursos de aprendizes o equivalente a 5% dos trabalhadores existentes em cada estabelecimento, cujas funções demandem formação profissional”.

Com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Renda e o apoio do Centro Integração Empresa Escola – CIEE, o Cemur recebeu cerca de 150 empresas que puderam assistir à palestra ministrada pelo Gestor de Políticas Públicas da Gerência Regional do Trabalho e Emprego de Osasco, Ronaldo Freixada.

O superintendente do CIEE, Luiz Gustavo Coppola e o gerente-adjunto do órgão em Jundiaí, Ricardo Marge, também acompanharam a realização do encontro.

Um dos aspectos peculiares da lei é que, diferentemente da Lei 8.213/91, que dispõe sobre as Cotas Para Deficientes nas empresas, a porcentagem de 5% não é uma regra, mas depende de uma avaliação feita pelo Ministério do Trabalho e pelo Conselho Municipal da Criança e do Adolescente – CMDCA.

“As pessoas pensam que essa lei é nova, na verdade a legislação é de 1943 e sofreu adaptações a partir de 2000, a ordem do Ministério do Trabalho não é sair para multar o empresário, mas num primeiro contato orientá-lo, afinal esse é um programa de inclusão, a ideia é esclarecer, gerar vagas no mercado de trabalho”, explica Ronaldo Freixada.

Apesar dessa determinação de um diálogo prévio, Freixada explica que a tratativa para as empresas que não participaram do evento, deixando de atender à convocação será um pouco mais rígida. “Foram convocadas 220 empresas para participar desse encontro, percebemos que muitas não vieram a tratativa, obviamente, será diferente”, afirma ele.

José Trindade, representando a Indeca, empresa do gênero alimentício do município de Embu, afirmou que o evento foi importante. “Temos na empresa dois aprendizes, pela Lei antiga teríamos que ter quatro, porém a palestra me esclareceu que estamos adequados com dois. Apesar disso, vamos contratar mais dois”, afirma ele.

Para Renê Guilherme, da empresa Búfalo produtos químicos, o encontro é de suma importância para as empresas. “Esse tipo de evento ajuda no processo de adequação, gostei das orientações e principalmente da chance de ser informado antes de ser autuado. Já temos aprendizes na empresa e saio daqui com os parâmetros para calcularmos se estamos adequados”, afirma ele que é advogado da empresa.

A Fundação Heydenreich, parceira da Prefeitura na formação dos jovens para o mercado de trabalho esteve presente. Daniella Michel, gerente de projetos da entidade falou que há muito o que ser feito. “As empresas ainda tem muito o que se informar a respeito e entender o papel que têm na formação do jovem no cotidiano do trabalho”, afirma ela.

Marcelo Valladão

 

 

As matérias são responsabilidade do Jornal na Net, exceto, textos que expressem opiniões pessoais, assinados, que não refletem, necessariamente, a opinião do site. Cópias são autorizadas, desde que a fonte seja citada e o conteúdo não seja modificado.