Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 16/12/2015
Guego
Walde-Mar freqüentava Embu das Artes desde os anos 60 e foi um dos primeiros artistas a expor na cidade em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário, hoje Museu de Arte Sacra. Foi um dos maiores pintores NaÏfs do Brasil e sua pintura atraía muitos estrangeiros, principalmente os alemães. Toda a sua obra foi dedicada à divulgação e defesa das causas indígena e ecológica. Deixou diversos livros publicados e em vários idiomas.
Paulista de Timburi, ele chegou a São Paulo em 1953 e arrumou emprego de escriturário no Centro. Valdemar de Andrade e Silva, o Walde-Mar, aventurou-se então no futebol e no pugilismo - ele treinou com Valdemar Zumbano, tio de Eder Jofre. Depois, matriculou-se no Teatro Oficina, onde fez curso com Eugênio Kuznet. Seus colegas eram Hélio Souto, Rosamaria Murtinho e Regina Duarte. Nessa época, adotou o nome artístico “Walde-Mar”, por ter outros dois atores no elenco chamados Waldemar.
Pelo Mundo
Walde-Mar tem mais de 1.500 obras, entre pintura em pedra, tela, cabaça, baú e remo indígena. Sua experiência contribuiu para a publicação de três livros: “Lendas e mitos dos índios brasileiros”, “O Menino Botovi” e “Anituengo”. O primeiro foi editado na Alemanha e no Japão. Na bagagem, estão exposições na Alemanha, França, Bélgica, Áustria, Portugal, Suíça e outros países. Em 1970, no consulado norte-americano, o artista recebeu um bilhete do sertanista Orlando Villas Bôas, que o convidou para conhecer os índios no Parque Indígena do Xingu. Meses depois, ele desembarcava nas aldeias e fazia contato com sua maior referência. Daí em diante, visitou mais de 20 tribos, tornando-se um pesquisador da cultura, marcada nos filhos Tarumã e Aritana.
A nossa oca
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