Por Prefeitura da Estância TurÃstica de Embu das Artes | 17/06/2015
Guego
Nesta semana, Embu das Artes continua apresentando o Festival da Cultura Japonesa, aberto em 12/6, com a Exposição Nikkei Arte e Craft e Exposição do Grupo Matsu, que encenou peça do Teatro Nô, a arte teatral clássica do Japão, de música, dança e poesia, do século 14. Na ocasião, foi homenageado Sussumo Harada, artista plástico e pesquisador dos caminhos do Peabiru, e feito um minuto de silêncio por artistas da comunidade nipônica que fazem parte da história da cidade, como Tadakiyo Sakai (1914/1981), Yuji Arimizu (1952/2014) e Iwao Nakajima (1934/2011), cujas obras estão na mostra Nikkei.
“Eu me sinto honrado pela homenagem, porque são momentos significativos para mim. Faço pesquisa do Peabiru há 25 anos e essa é uma das primeiras homenagens que recebo. A prefeitura de Embu das Artes está de parabéns por abrir espaço para pintores de origem japonesa e trazer mais união com os brasileiros”, disse Sussumo. Para o secretário de Cultura, Alan Leão, o festival é um dos mais importantes eventos do calendário oficial da cidade e de aproximação dos povos brasileiro e japonês. O evento contou com a participação de Sadao Nagata e Paulo Nobuo Sugawara, da Associação Embu-Hino, cidades irmãs, artistas, entre outros. O coquetel de abertura foi patrocinado pelo Restaurante Irashay Culinária Oriental.
Embu na trilha do Peabiru
Sussumo Harada decidiu pesquisar os valetões, segundo ele, feitos, por volta de 1200, por incas e seus aliados, que seriam tribos nativas da América do Sul, depois de observar as escavações, consideradas por muitos divisas de fazendas. São trilhas com pedras picotadas nas laterais, segundo o pesquisador. Essas trilhas que vêm do Paraguai, saindo de Sorocaba para São Paulo, têm 80 cm de profundidade e até 1, 40m de largura. “Os incas tinham o domínio do metal. Portanto, podiam produzir ferramentas e cultivavam muitos alimentos. Foram sustentando essa trilha que vem do Paraguai até a costa atlântica, que é o nosso lado.” Sussumo Harada lançará novo livro sobre o assunto nos próximos dias.
No livro, Sussumo fala da primeira aldeia de Manoel da Nóbrega, que originou a Aldeia M’boy. O local no município é indefinido e não há como mapear, sem equipe e verba para esse fim. “Grandes historiadores falam em 36 léguas. Uma légua são 6 km. Já imaginou procurar a primeira aldeia nessas 36 léguas. Muitos vestígios estão desaparecendo com o desenvolvimento da cidade. Por isso é urgente formar uma comissão de estudo”, diz.
CENTRO CULTURAL MESTRE ASSIS DO EMBU (largo 21 de Abril, 29)
Palco
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