Retorno das sessões da Câmara de Taboão foi calmo e sem polêmicas

Os vereadores de Taboão da Serra voltaram ao trabalho nesta terça-feira, 4, numa sessão morna e marcada pelo debate de temas que estão na ordem do dia do município. A enchente ocorrida no dia 22 de janeiro, a transformação do Akida Tada em centro de Especialidades e a reforma do Parque das Hortênsias foram tratados na sessão. O vereador Moreira liderou as críticas feitas pela oposição às ações do governo. Já os vereadores da base se desdobraram na defesa do governo. A criação da Escola do Legislativo da Câmara, subordinada a mesa diretora e destinada a capacitar os servidores do Legislativo foi posta para votação em regime de urgência, mas acabou sendo remetida para tramitar nas comissões da Casa.

 Durante a sessão os vereadores votaram a indicação das pessoas que serão homenageadas com a Medalha 19 de Fevereiro, que marca as comemorações do aniversário da cidade. Pastores lideram a lista dos indicados para receber a homenagem.

A enchente que atingiu moradores de Taboão da Serra no dia 22 de janeiro e deixou um rastro de destruição acabou pautando parte da sessão. Os vereadores que estiveram nos bairros atingidos, Carlinhos do Leme, Ronaldo Onishi e professor Moreira falaram do drama enfrentado pelas famílias vítimas e destacaram a assistência prestada pela prefeitura. Os dois primeiros elogiaram o trabalho da Defesa Civil e a assistência às famílias. Já Moreira criticou.

“Estive lá e vi a ação rápida do governo para atender as famílias. Moradores de São Paulo chegaram a pedir ajuda nossa por conta da demora da ação da prefeitura deles”, disse Ronaldo Onishi.

Morador da região do Leme, uma das mais atingidas pela enchente, o vereador Carlinhos do Leme, falou sobre a tragédia da enchente. Disse que foi a mais violenta dos últimos anos. Contou que a ajuda as famílias mobilizou pessoas de várias regiões e que por volta da meia noite a prefeitura já havia entregue colchões na maioria das casas.

“Há 15 anos não via uma enchente como aquela na nossa região. Mas também fazia tempo que não via uma Defesa Civil tão atuante. Eles chegaram rapidamente e já começaram o trabalho. Eu vi o que aconteceu e foi feio. O prefeito foi humano e agiu para reparar os danos sofridos pela população”, disse Carlinhos do Leme.

O vereador Moreira reclamou do fato dos seus pares não aprovarem o requerimento que pedia a indicação de uma área na cidade para construir 80 casas a fim de transferir os moradores das áreas de enchente no Clementino. Disse se sentir mal por estar fazendo parte de uma legislatura que não vota nada. E alegou ainda terem famílias no Jardim Clementino que não teriam recebido assistência.

“Temos que ser democráticos. O povo põe e povo tira. Tem vereador aqui que parece leão na tribuna e quando chega lá embaixo vira gatinho. E se precisar fazer mais passeatas para mostrar o que está errado na cidade faremos”, cutucou.

A  transformação do Akira Tada em Centro de Especialidades e Unidade Básica de Saúde também foi debatida na sessão. Marco Porta lembrou que o Akira Tada era constantemente criticado pelos moradores em razão da falta de estrutura. Afirmou que o financiamento da UPA é feito 85% pelo município e outros 15% pelo governo federal.

No próximo sábado um grupo de vereadores de Taboão vai doar sangue no Hospital Professor Edmundo Vasconcelos, na rua Borges Lagoa, em São Paulo, em solidariedade ao menino Luiz Davi que foi submetido a uma cirurgia cardíaca no último dia 31. O menino se recupera bem e o pai dele tenta mobilizar lideranças que queiram doar sangue para abastecer o banco de sangue da unidade.