Professores da rede municipal criam projeto para incentivar a alfabetização

Por Outro autor | 30/10/2013

O Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa é um compromisso formal assinado pelos governos federal, estaduais e municipais e garante que: todas as crianças devem estar alfabetizadas até os oito anos de idade. Mas seria possível cumprir esse objetivo trabalhando isoladamente? Foi pensando nisso que três professoras da rede municipal de ensino de Embu das Artes resolveram unir forças com a comunidade para incrementar o processo de alfabetização.

Desde julho deste ano, as professoras Alcione Mercante, Lili Alves e Vânia Becker, da Escola Municipal Professor Mauro Ferreira, vem desenvolvendo um projeto pioneiro na região, que visa atrair e orientar as famílias e os alunos sobre diferentes aspectos que podem contribuir para atingir a meta de alfabetização.

O projeto “Famílias que Ensinam” é multisetorial e, a cada encontro, traz até a escola profissionais de diferentes áreas para orientar os participantes. Já passaram pelo projeto psicólogos, conselheiros tutelares e, agora, foi a vez da saúde dar a sua contribuição.

Segundo a professora Alcione Mercante, os encontros marcados sempre aos sábados, tem uma média de 30 famílias por edição, mas a meta é aumentar a quantidade de participantes.

“A primeira etapa do projeto foi o diagnóstico da comunidade. Depois, no fim do primeiro semestre, fomos às ruas com questionários para nos aproximar de cerca de 70 famílias. Os encontros contam com uma média de 30 famílias, ainda é pouco, queremos melhorar isso, mas é um trabalho de formiguinha”.

A saúde no processo de aprendizagem

O terceiro encontro do projeto “Famílias que Ensinam” ocorreu sábado, 26/10, na E. M. Prof. Mauro Ferreira e contou com a participação da educadora física, Sandra Gonçalves, da enfermeira Eliane de Almeida, da UBS Ressaca, da assistente de enfermagem, Lindiane Nascimento e também do secretário de Educação, Paulo Vicente do Reis.

As famílias foram recebidas com um caloroso café-da-manhã de boas-vindas e também realizaram a aferição da pressão arterial. Após o momento de confraternização, os adultos foram encaminhadas para a sala onde ocorreu o trabalho de consciência corporal e a palestra sobre os cuidados com a saúde. Enquanto as crianças, direcionadas para outro ambiente, puderam ouvir uma leitura sobre boa alimentação e realizar atividades de pintura, coordenadas pela professora Lili Alves.

Suely Brito Stefano, mãe dos alunos Rubens Gabriel, 7 anos, e Samuel Laurindo, 9, foi pela primeira vez ao encontro e comenta: “A iniciativa é muito boa, esse é o primeiro encontro que eu consigo acompanhar, mas se pudesse eu viria sempre. Eu venho para incentivá-los”.

O secretario de Educação, Paulo Vicente, também participou das atividades e parabenizou a todos: “É preciso agradecer porque o governo precisa pensar em conjunto. É ótimo ver um projeto como esse, realizado em parceria com outras secretarias. É preciso lembrar que famílias que ensinam, ensinam mesmo! Todos nós saímos daqui com um pouco mais de aprendizado”.

Após as atividades, alunos e familiares a se reuniram no refeitório da escola para a elaboração de uma saborosa salada de frutas. O próximo encontro do “Famílias que Ensinam” está previsto para dezembro, dessa vez, pais e alunos serão convidados a participar de um piquenique no Parque Francisco Rizzo.

Pacto Nacional pela Alfabetização

O secretário de Educação, Paulo Vicente dos Reis, também aproveitou o encontro para conversar um pouco mais com as professoras que participavam da formação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa.

O grupo de educadoras, transferido momentaneamente para a E. M. Mauro Ferreira por conta da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), participa, quinzenalmente, de formações na E. M. Valdelice Prass.

Paulo Vicente afirmou que outras formações estão previstas e que a educação só é feita por meio da construção coletiva: “Os encontros de formação do Pacto são apenas a primeira etapa. Vamos fazer outras formações. Vamos investir desde que isso não transgrida a legalidade. A educação é uma construção coletiva e eu não vou abrir mão disso. Acredito que até o final do mandato do prefeito Chico Brito, nós vamos continuar trabalhando assim”.

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