Vereadores votam requerimentos e abono de falta para alunos adventistas em Taboão

Por Sandra Pereira | 30/10/2013

As reuniões para entendimento de lideranças tomaram a maior parte da sessão desta terça-feira, 29, na Câmara de Taboão da Serra. Mas, mesmo conversando, e muito,  os vereadores não chegaram a um entendimento. A votação do projeto que altera o zoneamento das áreas de Taboão onde serão instalados equipamentos públicos não ocorreu. O Plano Plurianual (PPA) também não foi submetido à apreciação do plenário. Os vereadores votaram na sessão o projeto de André Egidio, que abona faltas dos alunos adventistas  de Taboão de aulas na noite da sexta-feira e no sábado. Também aprovaram requerimento assinado por todos pedindo a cobertura dos pontos de ônibus do município e a instituição do auxílio transporte para os servidores municipais. 

“A gente não quer fazer como no passado. O PPA é a lei mais importante da cidade. Não vamos votar o PPA do jeito que vem Executivo, como era antes. Nós vamos discutir e propor várias emendas. Queremos dar a nossa contribuição”, antecipa o presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega.

Um ponto que se destacou na sessão foi o pronunciamento dos vereadores sobre a promessa do shopping Taboão de construir a alça de saída com destino a Embu das Artes. O relator da Comissão Especial de Acompanhamento, vereador Cido, disse que seu relatório vai cobrar a realização da obra e pedir a suspensão do alvará  de funcionamento do shopping Taboão, em caso de descumprimento. O vereador Ronaldo Onishi sugeriu que sejam feitas diligências para acompanhar o cronograma de execução da obra e os detalhes do projeto. O presidente da Comissão, vereador Marcos, reforçou seu otimismo sobre a conquista e a confiança de que a alça será feita. 

“Meu relatório vai pedir a cassação do alvará do shopping  se a alça não for feita”, revelou Cido. “O shopping tem um ano para apresentar o projeto, mas temos que acompanhar e ver o que está sendo feito”, completou Ronaldo Onishi. “Se o shopping não apresentar o projeto podemos pedir a cassação do alvará em setembro de 2014”, propôs o presidente. “Essa alça é uma conquista da comissão e uma vitória da cidade”, observou o presidente da Comissão, vereador Marcos Paulo. 

O requerimento pedindo a cobertura dos pontos de ônibus foi proposto inicialmente pela vereadora Érica da Enfermagem, mas acabou causando ciumeira entre alguns parlamentares e por isso não foi votado. A alternativa para conseguir a aprovar foi permitir a subscrição do mesmo por todos os 13 vereadores. 

Já o requerimento pedindo a implantação do auxílio transporte foi aprovado na Casa pouco mais de 24 horas depois que o prefeito anunciou  a garantia do benefício para os servidores públicos em dezembro – relembre aqui. Na prática, a votação serviu apenas para o Legislativo demarcar território, ou ganhar bônus entre os servidores.  

“Esse auxílio foi objeto de acordo entre a Câmara e os vereadores há um mês. O governo vai adotar essa medida por conta da indicação dos vereadores. Inicialmente foi o André Egidio que apresentou a indicação agora temos o requerimento de todos os vereadores”, justificou o presidente Eduardo Nóbrega, avaliando que a produção legislativa dos atuais vereadores é grande. 

Sobre o clima de “diferente” que anda predominando na Câmara e as constantes reuniões à portas fechadas o presidente disse que se trata de um processo de amadurecimento, já que a maioria dos vereadores é novata e ainda está aprendendo.  

“Estamos num processo de amadurecimento. Cada um tentando entender a sua relação política. Já tivemos importantes conquistas e cada um teve suas decepções também”, disse. 

Na tribuna ele disse que o Partido da República está aguardando algumas decisões a serem tomadas e em tom sério anunciou que a sigla pretende ter candidatura de deputado na região. Falou que isso passa pela relação com o governo municipal e disse que a questão será debatida.

"Vou conversar mais a fundo com o partido. Analisar a participação do PR no governo com relação a esse tema. Espero ter uma boa conversa com ambos. Me posiciono tranquilo. As urnas deixaram um grande recado a todos. Espero que o recado do PR seja entendido e seja interpretado por quem queira da maneira que queiram interpretar. Não me preocupo com o que as pessoas interpretam da minha fala. Me preocupo com o que eu falo", disparou.


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