Artistas de Taboão comemoram aprovação do Sistema Municipal de Cultura
Artistas da cidade comemoraram a aprovação da lei que abre portas para a cidade pleitear recursos federais para a cultura
Por Sandra Pereira | 12/06/2013
A alegria dos artistas de Taboão da Serra invadiu o plenário da Câmara Municipal da cidade na sessão desta terça-feira, 11. Eles chegaram no momento em que a Casa se preparava para votar o projeto de Lei nº 52/2013 que cria do Sistema Municipal de Cultura, e implanta o Conselho de Política Cultural e o Fundo Municipal. Após a criação do sistema a cidade vai realizar a conferência municipal de Cultura e cumprir os trâmites necessários para ingressar no Sistema Nacional e receber recursos por meio de projetos na área. A aprovação é considerada histórica já que possibilita a inserção da cidade, ainda que tardia, na política nacional de cultura. Veja fotos aqui. Na mesma sessão os vereadores aprovaram a comissão de acompanhamento que vai cobrar a construção da alça de acesso do shopping Taboão para Embu das Artes. Os parlamentares prometem se posicionar duramente para exigir a construção. Leia mais aqui.
Na prática, a cultura de Taboão amarga atualmente a falta de investimentos públicos capazes de fomentar a produção cultural. Os artistas esperam que isso agora fique no passado. Como operários da área os artistas querem poder sobreviver com dignidade atuando na área que escolheram.
“Essa aprovação é histórica. Nós vamos poder ter o Fundo Municipal de Cultura e o Conselho de Política Cultural. A cultura nunca mais vai ser a mesma em Taboão”, disse emocionado o secretário Ali Sati. “Ingressamos numa nova era. Um novo momento para a cultura. Estávamos dentro da arca de Noé. É como se ele tivesse ido embora e deixado todos os artistas dentro da arca e só abriu agora”, exemplificou o maestro Edison Ferreira do Nascimento, da Ong Músicos do Futuro.
Os artistas marcharam pela avenida Dr. José Maciel e já entraram na câmara fazendo festa. A alegria deles contagiou o plenário marcado pelos discursos de embate político. Os artistas chegaram à câmara quando o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, ainda se despedia dos vereadores, que o receberam calorosamente, mas não votaram a moção de apoio proposta pela vereadora Joice Silva a ele.
“A Casa discutiu o projeto na semana passada. Na sexta-feira seguiu para o Executivo e hoje colocamos em votação o projeto que marca o início de uma nova era na cultura da cidade”, disse o presidente da Câmara, Eduardo Nóbrega.
Marcaram presença na sessão o poeta Sérgio Vaz, o maestro Edson, o conceituado Marco Pezão, o secretário de Cultura Ali Sati e os secretários de Governo e Segurança, Pastor Cândido e Gerson Brito, respectivamente. Além do secretário de Planejamento Olívio Nóbrega.
O ex-vereador Alexandre Depieiri usou a tribuna para pedir que a câmara aprove moção de apoio ao projeto que pede a desoneração dos preços remédios no País. A medida vem sendo defendida pelo governador Geraldo Alckmin.
Moreira pediu que a lei não fique só no papel ou seja tratada unicamente como carta de intenções. Fez apelo para que o prefeito pague as rescisões dos livre nomeados argumentando que muitos deles estão passando por sérias dificuldades financeiras.
Eduardo Nóbrega pediu que o orçamento do próximo ano contemple recursos para serem destinados à cultura. Cido disse que “cultura não se faz só com discurso e sim com recurso”. Salientou que investimento em cultura garante qualidade de vida, favorece a educação e até a saúde.
Num determinado momento da sessão o clima esquentou entre Moreira e presidente da Câmara, que se recusou a conceder aparte ao colega em sua fala. Moreira chegou a declarar que não aceita ser calado e reclamou do fato do presidente não ter lhe concedido aparte.