Sabesp inicia obra que vai tratar o esgoto de 3 milhões de pessoas e ajudar a despoluir o Tietê e o Pinheiros

Por Outro autor | 16/05/2013

A Sabesp acaba de iniciar uma das principais obras do Projeto Tietê. É a ampliação da Estação de Tratamento de Esgotos Barueri, a maior unidade de tratamento de efluentes da América Latina. O investimento contribuirá para a despoluição dos rios Tietê e Pinheiros, além de diversos córregos da zona oeste da capital e da Grande São Paulo.

O empreendimento fará com que a capacidade da ETE salte dos atuais 9.500 litros por segundo de esgoto tratado para 16.000 litros por segundo. Assim, a unidade, que já trata os esgotos de 4,5 milhões de pessoas, passará a atender mais 3 milhões de moradores de São Paulo, Barueri, Carapicuíba, Cotia, Embu das Artes, Itapevi, Jandira, Osasco e Taboão da Serra. A obra vai garantir mais saúde e qualidade de vida para a população, além de melhorias ambientais nas nove cidades.

Serão construídos seis tanques de decantação primária, oito tanques de aeração, seis decantadores secundários, quatro tanques de adensamento de lodo por gravidade e novas grades para esgoto bruto, lodo primário e secundário. Além disso, a unidade ganhará sistema de desidratação de lodos por centrífugas e um sistema de aquecimento de lodo por processo termofílico.

O investimento de R$ 390 milhões faz parte da terceira etapa do Projeto Tietê e é fundamental para a despoluição dos rios da Região Metropolitana de São Paulo. Isso porque a maior parte das obras em andamento da Sabesp vai enviar o esgoto coletado para a ETE Barueri. Isso acontecerá com os efluentes de bairros como Jaguaré, Panamby e Real Parque, na zona oeste da capital.

A Sabesp já está em fase de captação de recursos e elaboração de projetos para a quarta e última fase do Projeto Tietê. Esta será concluída no final da década, quando a Sabesp se tornará a primeira empresa de saneamento do Brasil a garantir 100% de coleta e de tratamento de esgoto nas áreas regulares das cidades em que atua, incluindo a capital. A companhia opera em 364 municípios do Estado e já universalizou o saneamento em 193.

Despoluir o Tietê: compromisso de todos

Além do Projeto Tietê, é muito importante que outras ações sejam feitas. A poluição dos rios da Grande São Paulo vem também do lixo jogado nas ruas ou mal varrido, das ligações clandestinas de esgoto nas galerias de água de chuva, dos objetos atirados nos córregos. Nas cidades onde a Prefeitura cuida do esgoto, é necessário que todo o material seja coletado e tratado – ou o rio continuará poluído.

O Tietê Vivo é um compromisso de todos nós. E é também o mote de uma campanha promovida pela Fundação SOS Mata Atlântica que pode ser conferida na página http://pt-br.facebook.com/notes/tiet%C3%AA-vivo/manifesto-tiet%C3%AA-vivo/218410121551414 ou em www.facebook.com/TieteVivo.

ETE Barueri, 25 anos

O início da ampliação coincide com o aniversário de 25 anos da Estação de Tratamento de Esgotos Barueri. Projetada na década de 1970, a ETE entrou em operação em maio de 1988, então com capacidade para tratar 7.000 litros por segundo de efluentes. É a maior planta de tratamento de esgotos da América Latina.

A ETE Barueri é parte fundamental do Projeto Tietê. Em 1992, quando começou o planejamento do programa, foi definido que a Sabesp trabalharia com cinco grandes estações na Região Metropolitana de São Paulo. O esgoto coletado da maioria das cidades atendidas pela companhia passou então a ser bombeado até essas cinco unidades (além de Barueri, existem as ETEs ABC, Parque Novo Mundo, São Miguel e Suzano).

Essa estratégia foi adotada por causa das características da Grande São Paulo, onde a ocupação urbana é desordenada e não há uma divisa clara entre a maior parte das cidades. Assim, o dinheiro que estava sendo investido seria mais bem aproveitado com as grandes estações, que receberiam os esgotos das grandes tubulações que percorrem vários bairros ou até mesmo mais de um município.

Em 1998, durante a primeira etapa do Projeto Tietê, a ETE Barueri teve sua vazão aumentada para os atuais 9.500 litros por segundo. Agora, na terceira fase do programa, chegará a 16.000 litros por segundo.

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