Agentes comunitárias de saúde passam por curso de capacitação sobre dengue

Por Prefeitura Municipal de Taboão da Serra | 20/03/2013

Na manhã de quarta-feira, 13 de março, agentes comunitários de saúde e funcionários da Ouvidoria Municipal de Taboão da Serra, participaram de uma capacitação sobre dengue. O encontro, realizado no auditório da Secretaria Municipal de Saúde, foi ministrado pela Superintendência de Controle de Endemias (SUCEN), ligado à Secretaria de Estado da Saúde, do Governo do Estado de São Paulo. Também participaram do encontro ouvidor geral, Dr. João Melo, e a coordenadora do Centro de Controle de Zoonoses, Dra. Graziela Cristina Granizo Aun.

 Organizado pela secretária de Saúde, Dra. Raquel Zaicaner, o curso teve como intuito orientar e capacitar os participantes a prevenir a procriação do mosquito Aedes Aegypti, responsável pela transmissão da dengue. “Optamos por capacitar as agentes comunitárias para que elas auxiliem os moradores da comunidade onde atuam neste combate” – explicou.


A responsável pela Seção de Avaliações e Controle da SUCEN, Vera Aparecida Estevão, mostrou mapas que exemplificam o avanço da dengue no estado de São Paulo. Em 1985, apenas oito dos 645 municípios paulistas apresentavam infestação de dengue. Já em 2012 o número de cidades infestadas aumentou para 581, ou seja, 94,3% da população corria o risco de ser picados pelo mosquito. “Consideramos como um município infestado os que tenham um maior número de focos de criação do mosquito e que também houve transmissão da doença” – disse.

Segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde, este ano houve a confirmação de nove casos em Taboão da Serra e existem 33 pessoas suspeita. De acordo com a secretária,todos os casos confirmados são considerados “importados”. “Estas pessoas foram picadas em outros municípios, provavelmente em uma viagem ou em atividades diversas e vieram para Taboão da Serra com a doença. De qualquer forma, o Centro de Controle de Zoonoses está fazendo o bloqueio dos casos e a nebulização das residências não apenas dos infectados, como também dos casos suspeitos e no entornos, até 500 metros, que é onde o mosquito pode voar” – afirmou.

A doença

A dengue, também conhecida como febre “quebra ossos”, é transmitida através da picada da fêmea do mosquito Aedes Aegypti. A doença pode ser considerada como clássica ou hemorrágica, leva de 3 a 15 dias para manifestar os primeiros sintomas e ainda não existem medicamentos ou mesmo vacinas que sejam específicos para o tratamento.

De acordo com a visitadora sanitária da SUCEN, Regiane Furquim, tanto a clássica, quanto a hemorrágicapossuem sintomas em comum, como febre alta, dores em todo o corpo, incluindo dor de cabeça, no fundo dos olhos e nas articulações, náuseas, vômitos, fraqueza, falta de apetite e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. Porém, no tipo hemorrágico o paciente temsangramentos internos, fezes escuras, além de dores abdominais intensas.

“Quem apresentar dois ou mais sintomas deve procurar imediatamente um médico e não deve se automedicar.Vale lembrar que pessoas com suspeita de dengue não devem ingerir medicamentos que contenham ácido acetil salicílico, pois a doença pode evoluir de clássica para hemorrágica e o paciente pode até falecer” – ressaltou.


A forma de evitar criadouros e prevenir a procriação do mosquito transmissor é simples, é o que afirma Ricardo Andrade, encarregado do setor de campo da SUCEN. “Basta não deixar recipientes que possam acumular água expostos a ação do tempo, ou mesmo sem uso com água dentro de casa. Ao contrário do que muitos pensam ralos, vasos sanitários que não são usados constantemente e até piscinas podem ser locais para reprodução do mosquito. Porém é só colocar um pouco de cloro ou mesmo sal neste lugar. Ambos deixaram água mais ácida e impedirá a reprodução do mosquito” – exemplificou.

 Por Vera Sampaio

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