Sessão de Taboão acaba em confusão, quebra-quebra e violência

Por Sandra Pereira | 2/10/2012

A última sessão da Câmara Municipal de Taboão da Serra antes da eleição terminou em uma confusão generalizada com direito a pancadaria,  destruição de cadeiras, portas, cerca de proteção e até equipamentos de som. A confusão começou quando integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que estavam na sessão para acompanhar a votação de um projeto de interesse da categoria, invadiu o plenário depois do presidente encerrar a sessão alegando falta de segurança. Veja aqui fotos de Sandra Pereira e da Câmara Municipal de Taboão da Serra.

Guarda Municipal usou gás de pimenta para dispersar os manifestantes e se iniciou uma verdadeiro pandemônio na Casa. Os vereadores tiveram que deixar o plenário às pressas enquanto pedaços de cadeiras eram atirados contra eles. Os vereadores foram prestar queixa na delegacia da cidade.

Já do lado de fora da Câmara vários manifestantes jogaram pedras e outros objetos contra o prédio. Houve disparos de armas de fogo e até o momento não há notícia de feridos no local. A polícia demorou mais de 20 minutos para chegar à Câmara. Ao menos um suspeito foi detido.
O presidente da Casa, vereador Macário (PT) classificou o ato de vandalismo.  

“Conversei com os líderes do movimento e com o vereador Paulo Félix. Pedi segurança e propus a entrada de um número limitado de manifestantes. Eles não aceitaram e deu no que deu. Infelizmente o vereador achou que eu estava exagerando. A Câmara está destruída. O vereador foi agressivo comigo, bateu meu microfone na mesa. Mas, os fatos serão apurados e os que devem vão pagar”, afirmou.

Macário ainda disse estar admirado com o fato de Paulo Félix “ter incentivado os manifestantes”. Ele disse que as filmagens da sessão vão identificar os responsáveis pelo quebra-quebra na Casa. “Eles vão ser responsabilizados e terão que pagar”.

Ele explicou que a votação esperada pelo movimento prevê a mudança de zoneamento de duas áreas de interesse misto em Zeis. O ano passado a mesma área era de Zeis e foi transformada em Zona Mista. 

Paulo Félix disse à imprensa que faltou pulso, comando e diálogo ao presidente da Câmara. Alegou que foi a ação dele de encerrar a sessão que desencadeou a violência. “Sou contra violência. Abomino. E esse espetáculo prejudica a imagem da Câmara, vai mostrar que não tem autoridade, comando e nem dialogo. Isso é muito ruim às vésperas de uma eleição. Todos deveríamos ter tido a serenidade de evitar o que houve”, ponderou.

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