MP deverá se posicionar sobre ausência de cobrador em ônibus de Taboão

Por Sandra Pereira | 29/08/2012

O Ministério Público (MP) de Taboão da Serra foi provocado a se posicionar sobre a ausência do cobrador nos ônibus circulares da Viação Pirajuçara. O assunto vem sendo debatido com frequência na Câmara Municipal da cidade pelo vereador José Aparecido Alves, o Cido (DEM), autor do ofício que pede o posicionamento do MP sobre o tema. Ele pretende que o órgão exija a contratação de cobrador para atuar nas linhas circulares.

Em outras cidades do estado a Justiça obrigou empresas a contratar cobrador. A expectativa do vereador Cido é de que  Taboão siga o mesmo caminho. 


“É um absurdo o motorista ter que dirigir, receber e passar troco ao mesmo tempo. Põe em risco a vida dos passageiros e sofre com a sobrecarga de atividades. Isso tem que acabar”, cobrou o vereador.

Segundo ele a Pirajuçara foi diretamente beneficiada com o fim de várias linhas de transporte alternativo na cidade, e, como contrapartida teria que garantir aos moradores transporte de qualidade. 

Na justificativa apresentada aos promotores Cido cita a lei 2.014/2010, que determina o recuo da catraca dos ônibus circulares da cidade para a parte traseira do veículo. A medida obrigaria a contratação do cobrador, mas não entrou em vigor porque a prefeitura ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) alegando vício de iniciativa. 

Posteriormente, Cido foi coautor de outro projeto de lei visando obrigar a contratação de cobrador. Mas, o texto parou na Comissão de Justiça Redação por não ter acordo entre os vereadores da cidade que viabilizasse a sua apreciação pelo plenário. 

“A esperança de mudança estava praticamente exaurida, tomo novo fôlego com a notícia do retorno dos cobradores em São Bernardo”, argumentou Cido no ofício encaminhado ao MP.

Diversos usuários do transporte público ouvidos pela reportagem do Jornal na Net disseram ser favoráveis à contratação de cobrador para atuar nas linhas circulares da cidade. Eles confirmam os riscos citados pelo vereador durante o embarque quando o motorista é obrigado a dirigir, receber a passagem e passar o troco ao mesmo tempo.

“Sem contar que a passagem na cidade custa caro e com o que a empresa fatura dá muito bem para empregar mais gente”, disparou Cristiano Santos, morador do Jardim Salete. 

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