Canalização do Córrego Pirajuçara beneficia moradores da região

Por Outro autor | 28/02/2012

O prefeito de São Paulo vistoriou as obras no Córrego Pirajuçara e a população destacou o resultado das intervenções no local no combate aos efeitos da chuva. Segundo Djalma Kutxfara,
líder comunitário e presidente da Associação de Combate Enchentes no Pirajuçara e Poá (CEPP) as conquistas nos últimos anos foram expressivas. No local, estão em andamento obras de canalização de 1.420 metros do córrego, entre a ponte sobre a Estrada Velha de Itapecerica e a Rua Timborana.

O prefeito de São Paulo vistoriou nesta segunda-feira (27/2) as obras no Córrego Pirajuçara e a população destacou o resultado das intervenções no local no combate aos efeitos da chuva. Segundo Djalma Kutxfara, líder comunitário e presidente da Associação de Combate Enchentes no Pirajuçara e Poá (CEPP) as conquistas nos últimos anos foram expressivas.

“Aqui era o caos total e nenhum dos três municípios (Taboão da Serra, Embu das Artes e São Paulo) se responsabilizavam pela área. São 120 córregos na Bacia do Pirajuçara, todos jogando água no leito principal. Só mudou a partir da entrada do Governo do Estado, que fez uma parceria com as três prefeituras e então a coisa começou a mudar. Aqui os moradores ficavam com mais de um metro de água dentro de casa e agora quando chove as famílias podem ficar tranquilas”, explicou Kutxfara.

A vistoria foi na altura do nº 5.140 da Estrada do Campo Limpo, no Jardim Esmeralda, Zona Sul da capital. No local, estão em andamento obras de canalização de 1.420 metros do córrego, entre a ponte sobre a Estrada Velha de Itapecerica e a Rua Timborana. Além disso, estão em construção dois reservatórios, um dique e a canalização de 200 metros do córrego Olaria para minimizar o impacto das chuvas nas áreas baixas. O Córrego Pirajuçara já foi canalizado no trecho de 1.100 metros entre a estrada do Campo Limpo e a Eliseu de Almeida e também recebeu a construção do Piscinão Sharp, em parceria com o Governo do Estado.

“Estamos dando seqüência ao Plano Diretor estabelecido no início da gestão, que visa solucionar os problemas de drenagem da Cidade de São Paulo. O importante é que fique um legado de realizações e projetos para que os próximos prefeitos dêem continuidade. Fizemos muito na Bacia do Pirajuçara, do Aricanduva e também no Jardim Romano e adjacências. Além disso, também iniciamos obras na Zona Sul nos córregos Zavuvus e Ponte Baixa”, disse o prefeito.

O córrego, que possui pouco mais de 18 quilômetros de extensão, está passando por obras de canalização e construção de dois reservatórios. A Bacia do Pirajuçara corta mais dois municípios, além de São Paulo: Embu das Artes e Taboão da Serra. Desde agosto do ano passado, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb), realiza a canalização de 1.420 metros do córrego entre a ponte sobre a Estrada Velha de Itapecerica e a rua Timborana.

Outros 200 metros do Córrego Olaria, afluente do Pirajuçara na região do bairro de Campo Limpo, também estão sendo canalizados para melhorar o sistema de drenagem da região. Após o término das intervenções, o trecho do Córrego Pirajuçara que está passando por obras ficará com 11 metros de largura e o Córrego Olaria com 9,5 metros.

Além disso, dois reservatórios e um dique estão sendo construídos. Um está localizado no Parque Esmeralda, na rua Clemente Argolo, e tem capacidade para armazenar 2.900 m³ e quatro equipamentos com potência para bombear 310 litros de água por segundo.

O segundo reservatório fica à rua Canuanã, no Jardim D’Orly, com capacidade de armazenamento de 3.500 m³ e oito equipamentos com potência para bombear 310 litros por segundo. Estes dois pequenos “piscinões” vão minimizar o impacto das chuvas nas áreas baixas da região que são suscetíveis a inundações.

O dique no córrego Pirajuçara tem cerca de 840 metros de extensão e tem até 1,2 metros acima da linha atingida pela água, calculada a partir da recorrência de 100 anos.

As obras fazem parte da Ação Integrada do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 1) cujo contrato foi assinado em março de 2011. O valor total investido é de R$ 87,5 milhões, sendo R$ 45,5 milhões do Ministério das Cidades e R$ 44,3 milhões da Prefeitura da Cidade de São Paulo.

Obras anteriores


A Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras (Siurb) concluiu em 2006 a canalização do córrego na divisa com Taboão da Serra e a construção do sistema viário próximo ao piscinão Cedrolândia (também conhecido como Eliseu de Almeida). Em novembro de 2010, foi concluída a recuperação da galeria do Córrego Pirajuçara ao longo da avenida Eliseu de Almeida, com a recuperação estrutural das paredes laterais, laje de cobertura e revestimento do fundo com peças pré-moldadas de concreto armado. Além da galeria. a Siurb recuperou a calha no trecho entre a Estrada do Campo Limpo e a Estrada Velha de Itapecerica.

O Departamento de Águas e Energia do Estado de São Paulo (DAEE), do Governo do Estado, e a Prefeitura de São Paulo entregaram no final de 2010 o Piscinão Sharp. Ele tem capacidade de armazenar 500.000 m³. A Prefeitura da Cidade de São Paulo fez a desapropriação do terreno e o DAEE executou a obra. O município é responsável pela manutenção do reservatório.

Matéria extraída do portal O Noticiado

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