Policial civil de Taboão baleado por sargento da Rota morre após cinco dias internado
O investigador da Polícia Civil, Rafael Moura, 38 anos, morador de Taboão da Serra, baleado por um sargento da Rota na última sexta-feira (11), morreu nesta quarta-feira (16) no Hospital das Clínicas. Ele estava internado em estado gravíssimo desde que foi atingido por três disparos em uma viela no Capão Redondo, zona sul da capital. Familiares e amigos estão consternados com a tragédia. O policial deixa esposa e três filhos.
A família dele mora no jardim Trianon, onde o policial viveu vários anos. O corpo deverá ser sepultado no cemitério da Saudade, em Taboão da Serra.
O autor dos tiros foi o sargento Marcus Augusto Costa Mendes, integrante das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), uma das tropas de elite da Polícia Militar. A ação, que ocorreu em meio a uma abordagem, resultou em forte comoção na corporação.
Inquérito vai apurar se houve excesso
A Polícia Civil instaurou inquérito para investigar se houve legítima defesa putativa – quando o agente acredita, de forma equivocada, estar sob ameaça e reage como se estivesse em risco. Até o momento, não foi determinado o afastamento do sargento.
“A dinâmica dos fatos, num juízo cognitivo sumário, carece de apuração. O inquérito policial será instaurado”, afirmou o delegado Antonio Giovanni Neto, responsável pelo caso.
Segundo ele, ainda não é possível determinar se houve excesso ou erro evitável por parte do policial militar. A investigação buscará evidências que confirmem ou descartem a hipótese de erro na abordagem.
🖤 Comoção na corporação
A Delegacia Geral da Polícia Civil prestou uma homenagem com um minuto de silêncio em memória de Rafael Moura, cuja morte gerou profunda comoção na corporação.
Da Redação do Jornal na Net