Protestos cobram justiça após morte de trabalhador prensado por trem na Linha 5-Lilás
Uma semana após a morte trágica de Lourivaldo Ferreira Silva Nepomuceno, de 35 anos, manifestantes voltaram às ruas para cobrar justiça e melhorias na segurança da Linha 5-Lilás do metrô de São Paulo. Morador de Taboão da Serra, Lourivaldo foi prensado entre o trem e a plataforma da estação Campo Limpo, no dia 6 de maio, por volta das 8h da manhã, durante o horário de pico.
A primeira manifestação ocorreu na noite da última sexta-feira (10), em frente à estação Capão Redondo, onde dezenas de pessoas levantaram cartazes como "privatização é lucro para os ricos e morte para o povo!" Dezenas de pessoas estiveram presentes no ato, emocionados, exigindo explicações da ViaMobilidade, concessionária responsável pela linha, e responsabilização pelo ocorrido.
Já na manhã desta terça-feira (13), um novo protesto foi registrado em frente à estação Campo Limpo, o mesmo local onde Lourivaldo perdeu a vida. A manifestação, pacífica até o momento, contou com a presença de passageiros, moradores da região e ativistas que cobram providências urgentes. O Metrô reforçou a segurança no entorno da estação.
Segundo a ViaMobilidade, o passageiro teria tentado embarcar após o fechamento das portas, ignorando sinais sonoros e visuais. No entanto, a família contesta essa versão e afirma que houve falha no sistema de segurança. O caso está sendo investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), que já solicitou explicações à concessionária.
O episódio levanta questionamentos sobre a eficácia dos sensores e sobre os protocolos de embarque em horários de grande fluxo. Até o momento, a ViaMobilidade não apresentou um laudo conclusivo sobre o incidente.
Camila Joseph