Quase 400 assinam documento para salvar Parque das Hortênsias em Taboão da Serra

Por Sandra Pereira | 5/09/2011

Como resultado prático da primeira mobilização online da história de Taboão da Serra algumas lideranças da cidade passaram o domingo no Parque das Hortênsias conversando com visitantes, ouvindo depoimentos e recolhendo assinaturas para o abaixo assinado  criado com a finalidade de protestar contra a situação de abandono do Zôo de Taboão da Serra. 

A mobilização “bombou” na internet, mas a maioria dos manifestantes online não compareceu ao parque neste domingo, 4. Mesmo assim foram coletadas 380 assinaturas no local. No próximo final da semana a ação irá se repetir. A meta é colher assinaturas até sensibilizar o poder público. Elas serão enviadas à prefeitura, Câmara e Delegacia do Meio Ambiente.

A maior reclamação dos visitantes em geral é contra as condições do parque onde o entulho, sujeira e a falta de manutenção de alguns espaços predominam. Há quem critique também o tratamento dispensado aos animais, fato que a diretoria e os responsáveis técnicos pelos animais rechaçam. 

Eles dizem que a idade avançada dos bichinhos e as características do ambiente contribuem para essa “falsa impressão”. Em relação aos felinos, especialmente, argumentam que os animais têm hábitos noturnos e durante o dia ficam sonolentos e com a aparência de cansaço.

Claunir Lins Rodrigues, Daniel Paschoa, Soraya Borges, Newton Silva Lúcio, Emiliana Benotti, e outros manifestantes da web estiveram no local. 

À tarde ensolarada levou centenas de visitantes ao parque. O fim da cobrança da taxa simbólica de entrada fez crescer as visitas, segundo a diretoria. Em todas as partes, alas e alamedas olhares atentos, curiosos e cheios de admiração observavam os animais nos seus lares artificiais. Em frente as “casas” dos leões e tigres dezenas de pessoas acompanhavam atentas os seus movimentos.   

O diretor do parque, Ricardo Andrade e o biólogo, Rodrigo Xavier reconhecem que o local necessita de uma série de benfeitorias negam os maus tratos aos animais e acusam que o parque sofre com a ação de vândalos, que causaram vários buracos nos muros que cercam a área.

“Apesar de todos os problemas a nossa prioridade são os animais. O que as pessoas estão chamando de abandono [os muros próximos aos felinos] é exatamente trabalho já que os muros estão sendo reconstruídos. Se comparar o parque agora com o que era em 2005 fica evidente as melhorias”, dispara Ricardo Andrade. “Os animais aqui recebem bom tratamento a despeito das condições estruturais”, completa o biólogo.


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