Suplentes exigem cargos de gabinetes em Taboão

Por Sandra Pereira | 5/09/2011

Cada dia mais fragilizada após as prisões sob a acusação de participação no esquema que fraudava a arrecadação de tributos na prefeitura de Taboão da Serra, a vida dos ainda vereadores, Arnaldo Clemente  dos Santos (PSB), Carlos Andrade (PV), José Luiz Elói (PMDB) e Natalino José Soares (PP) tende a se complicar mais. Eles devem perder essa semana os cinco cargos dos seus gabinetes a pedido dos suplentes, que já estão nas cadeiras há mais de 60 dias.

Alberto Queiroz, Fausta Leite, Tales Franco e Dr. Ronaldo Onishi protocolaram conjuntamente na Câmara Municipal o pedido para indicar os ocupantes dos quatro cargos dos seus gabinetes, que pela conjuntura atual da cidade pode se tornar definitivo por conta do pedido de cassação dos quatro vereadores titulares das vagas.

 O cargo de maior valor é o de Chefe de Gabinete fixado em R$  7.500,00. O segundo cargo mais alto tem a nomenclatura de Assessor de Gabinete I e está fixado em R$ 6.500,00. Já o terceiro cargo é o de Assistente Parlamentar no valor de R$ 4.500,00. Além disso, cada gabinete tem mais dois cargos de Assessor de Gabinete II no valor de R$ 1.200,00. 

Ironicamente, o salário do Chefe de Gabinete e do Assessor de Gabinete I é maior do que o de vereador cuja remuneração é de R$ 6.192,03. As nomenclaturas e valores dos vencimentos na Câmara Municipal de Taboão da Serra são regidos pela Lei Complementar 250 de 17/02/2011, no artigo 15.


A perda dos cinco cargos dos gabinetes pode ser o golpe de misericórdia para os quatro vereadores afastados por força da decisão judicial, que concedeu habeas corpus seguido de várias proibições entre elas o retorno à função pública, proibição de deixar a comarca e o recolhimento noturno.

Na audiência das testemunhas de acusação no processo da fraude do IPTU os quatro evitaram falar com a imprensa. Todos apareceram mais magros e abatidos depois de quase 60 dias na prisão.

Os suplentes dos quatro vereadores não assumiram as vagas em situação confortável. Contra eles pesa a inexperiência política,  o fato de estar na Câmara no momento mais difícil da história do Legislativo Municipal, a indefinição sobre o período de permanência nos cargos, e, principalmente a queda-de-braço travada com a administração. Além próprio desequilíbrio natural do Legislativo após as quatro prisões de seus membros.

Em cada sessão, na expressão ora angustiada, outras vezes perdida e quase sempre atônita dos suplentes fica visível que ocupar a cadeira de vereador atualmente em Taboão da Serra não está nada fácil.

 Sem cargos

Quem também acaba de perder cargos de livre nomeação na cidade é o vereador Paulo Félix, ex-líder do prefeito Evilásio Farias, atual comandante da oposição e líder na luta pelo impeachment do prefeito na cidade. A reportagem do Jornal na Net não conseguiu contato telefônico com Paulo Félix para conseguir confirmar o número de cargos que ele perdeu na cidade. Os vereadores Olívio Nóbrega e José Aparecido Alves, o Cido, não sofreram perdas de cargos na administração. 

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