Câmara sanciona revogação da Zona Azul em Taboão

Por Sandra Pereira | 10/08/2011

“Está revogada a Lei da Zona Azul”. A frase do presidente da Câmara Municipal, na primeira parte da sessão, poucos segundos depois dele sancionar a Lei que revoga a criação da Zona Azul de Taboão da Serra põe fim, ao menos por enquanto, a polêmica sobre o assunto na cidade. A decisão impede que as empresas Cellopark e Autoparque do Brasil comecem a cobrança do estacionamento rotativo no próximo dia 15. O prefeito Evilásio Farias pode entrar com uma Ação Direta de Constitucionalidade (ADIN) para garantir a cobrança.

A implantação da Zona Azul de Taboão da Serra vem  ecoando há várias sessões  na Câmara Municipal. Os vereadores criticam principalmente o valor da cobrança, a divisão do pertecentual arrecadado entre a empresa, que fica com 94%  e a prefeitura, que vai ficar com 6%, o critério de demarcação das ruas e o fato de não ter havido um plano de isenção para profissionais durante o horário de trabalho como professores e médicos, por exemplo. 

 “O prefeito perdeu a oportunidade de revogar a Zona Azul. Ele perdeu o prazo e peço a vossa excelência (presidente) que revogue essa lei ainda hoje”, pediu Paulo Félix, momentos antes de Macário assinar o de revogação.

Paulo Félix disse que a Zona Azul  era uma lei séria e se transformou num caça níquel. Já Olívio Nóbrega afirmou que o PR também se manifesta contrário aos moldes da Zona Azul. “A rua Mário Latorre, onde estão localizadas duas escolas e o Fórum não deveria haver cobrança”. 

Cido reclamou da cidade ficar com apenas  6% do valor arrecadado e deixar  outros 94% para as empresas. Ele taxou a situação de inaceitável. “Nem a minha filhinha de 2 anos ia concordar com uma coisa dessas”, declarou Cido.

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