Embu das Artes: diversas técnicas artísticas em mãos valiosas

Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 5/05/2011

Quando Embu das Artes atraiu olhares do mundo, a cultura, a arte e o artesanato já comandavam a vida na cidade, que recebe mais de 1 milhão de turistas por ano. Hoje, com 43 anos de Feira de Arte e Artesanato, o município emancipado há 52 anos e que surgiu da Aldeia M’Boy, fundada pelos jesuítas faz 457 anos, é reconhecido pelo trabalho de importantes artistas. Basta passear pela cidade para ver que ela respira arte. E, o mais importante, mostra, em obras assinadas por artistas e artesãos, uma incrível diversidade de técnicas e um mercado artístico que não está presente só na Feira de domingo, ou nas galerias, nos antiquários, nas lojas de móveis e outros produtos artesanais do Centro Histórico e Avenida Yazbek, mas também nos ateliês de artistas consagrados, que deverão ainda neste ano integrar o Roteiro Turístico de Visita aos Ateliês, que vem sendo organizado pela Secretaria de Turismo.

A cidade é aconchegante, tem prédios tombados pelo Iphan e Condephaat e centro histórico com ruas bucólicas e bancos da praça decorados com os mosaicos da artista Ieda Carvalho. Na Rua Siqueira Campos, funciona há 50 anos o ateliê de Ester do Embu, 87. Ela se dedica à arte com técnica milenar da pintura em cerâmica e costuma ouvir que tem “mãos de porcelana”. Na sua rua fica a Casa do Artesão, em que os 60 profissionais filiados desenvolvem e mostram todos os estilos de artesanato, incluindo as peças recicladas e criativas de Lindaurea. A arte em papel machê inspirou a Oficina da Cor, de Fátima Nasser e Clóvis Gomes, com participação de outros artesãos.

A pedra sabão é matéria-prima de outras mãos famosas, como as de Agenov, Mário Ramos, entre outros. Cristais e vidro viram arte e artesanato quando tocados por Correra & Gonda, Hugo Fernando, na mistura de elementos com ferro e pedra, Haivort, que faz miniesculturas. A técnica da cerâmica é dominada por Tônia do Embu, discípula do Mestre Sakai, Célia Santiago, com seu casario, e outros. Há também santeiros, como Jovino Gama, filho do Mestre Gama, e o jovem talento Cláudio Muniz, 19 anos. E na escultura, nas suas diversas modalidades, é possível apreciar qualidade e estilo de Álvaro Franklin, a arte utilitária inspirada no corpo feminino de Jofe dos Santos, peças que remetem a orixás, de Paulo Joia, os trabalhos em madeira de Joilson Guespires.

Na pintura, com grande diversidade de estilos, há muitos artistas veteranos, como Wanderley Ciuffi (expressionista), Gaíga, Gabriel Borba, Paulo Dud, raro representante da optical art, a arte visual do movimento dos anos 1960. A pintura naif, outra tradição de Embu, é feita por muitos artistas, entre eles Mônica Alvarenga, Ana Pinho, Olavo Camp e Iwao Nakajima. Há espaço ainda para ilustrações, desenhos e caricaturas de Capenêe. O mercado de arte na cidade já atingiu condições de grandes centros, com artistas que expõem e vendem pela internet, visitantes estrangeiros que voltam para buscar mais obras.

O setor moveleiro, outro segmento forte na cidade, voltado para o móvel artesanal, feito de madeira, ferro, com detalhes de mosaico, além dos móveis de vime, vendidos, especialmente, em lojas na avenida Yazbek, na entrada da cidade, também atraem turistas para Embu das Artes.

Arte beneficia milhares de famílias

O movimento artístico, que começou com Cássio M’Boy nos anos de 1920 e eclodiu nos anos de 1960, com Sakai do Embu, Solano Trindade, Mestre Gama e muitos outros, que também deram início à Feira de Arte e Artesanato, tornou a cidade conhecida no País e exterior por sua arte e artesanato.

Como Embu das Artes o município se impõe por sua cultura beneficiando, diretamente, mais de mil famílias que vivem da arte e, indiretamente, no comércio e no segmento turístico, mais de 10 mil. A economia local está ligada a comércio e serviços e o fluxo turístico, de mais de 1 milhão de pessoas por ano, que visitam a cidade a 20 km de São Paulo, movimenta por mês um mínimo de R$ 8 milhões, o que representa importante parcela no orçamento municipal.

São cerca de 120 ateliês de artistas e artesãos, mais de uma centena de lojas de artesanato, antiquários e galerias, no Centro Histórico e seu entorno. A Feira de Embu das Artes, nos fins de semana, tem 540 expositores, sendo 350 de artesanato, 100 de arte e cultura e o restante de entidades, alimentos e plantas.

Placas de indicação nos acessos a partir do Rodoanel, das rodovias Raposo Tavares e Régis Bittencourt e avenida Francisco Morato facilitarão o acesso. Além disso, com o sobrenome “das Artes”, o município se torna o primeiro entre os 5.546 do País a ter, orgulhosamente, arte no nome.

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