Dia do Professor sem muito a comemorar

Por Sandra Pereira | 15/10/2009

Hoje é Dia do Professor, mas a categoria afirma que tem pouco a comemorar. Defasagem salarial, violência em sala de aula e a precariedade do sistema de ensino são algumas das questões que incomodam aos professores. Nas cidades do interior do São Paulo e de várias partes do Brasil os casos de violência contra professores aumentam significativamente. Já é comum encontrar professores que tem medo dos seus alunos.


Na região do Conisud a data só não vai passar em branco porque nas Câmaras Municipais os professores foram lembrados ainda que com pouco destaque.
Em Itapecerica da Serra o vereador professor Jonas Feijó apresentou uma moção m homenagem à categoria. Ele citou as origens da data falou dos desafios e dos transtornos enfrentados atualmente pelos profissionais.

A Câmara de Itapecerica da Serra é uma das que mais têm professores entreos vereadores eleitos. São três no total: Jonas Feijó, José Maria e Clóvis Pinto.

Em Embu das Artes o professor Silvino Bonfim ocupa o mais alto posto na diretoria da Mesa. Silvino, que ainda dá aulas na rede estadual é o presidente da Câmara de Embu. Na sessão desta quarta feira ele usou a Tribuna da casa para falar sobre a importância da categoria.

Em Taboão da Serra a nova legislatura não tem elegeu nenhum professor.


O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.


No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”.

Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.


Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.


Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”.

O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.


O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

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