Programa Bom Prato auxilia no resgate à cidadania de usuários

Por Outro autor | 18/03/2018

Com 53 unidades em funcionamento no território paulista, a rede de restaurantes Bom Prato serve mais de 86 mil refeições por dia. Além do cardápio de qualidade, saudável e com alto valor nutritivo, uma das características de maior destaque do programa é resgatar a cidadania dos frequentadores.

“Nosso principal desafio é fazer com que todos fiquem satisfeitos com o atendimento e a alimentação. É um desafio diário, com alcance e benefícios muito grandes. Trabalhamos para melhorar a qualidade de vida dos cidadãos”, explica a diretora da rede de restaurantes Bom Prato, Thêmis Kleiber.

De acordo com a gestora, a capacidade de atendimento foi ampliada nos últimos anos. “Até 2010, contávamos com 32 unidades. Foram 21 pontos inaugurados entre 2011 e 2018. Praticamente dobramos o número de pessoas atendidas nesse período, durante a administração do governador Geraldo Alckmin”, acrescenta.

Qualidade

O almoço tem custo de R$ 1,00. A refeição, balanceada, possui 1.200 calorias, composta por arroz, feijão, salada, legumes, um tipo de carne, farinha de mandioca, pãozinho, suco e sobremesa. O subsídio governamental é de R$ 4,19 para adultos e de R$ 5,19 para crianças com até seis anos, que contam com gratuidade.

Além disso, no café da manhã, implantado em 2011 em todas as unidades, são oferecidos leite com café, achocolatado ou iogurte, pão com margarina, requeijão ou frios e uma fruta da estação. O cardápio, de 400 calorias, em média, custa R$ 0,50.

“A alimentação tem elevado valor nutritivo e procuramos parcerias que buscam os melhores preços. A comida também é uma forma de acolhimento e socialização”, afirma Rita Dalmaso, coordenadora da Segurança Alimentar e Nutricional da Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado, pasta responsável pelo programa Bom Prato.

A coordenadora destaca que a iniciativa, criada no ano 2000, é bem avaliada pelos gestores públicos. “Recebemos, inclusive, delegações de outros estados e países. Além disso, os cidadãos reconhecem o trabalho das nossas equipes”, ressalta.

Particularidades

A capital paulista tem 22 unidades da rede à disposição. Existem nove pontos na Grande SP, seis no litoral e 16 no interior. Alguns deles possuem particularidades, como o de Campos Elíseos, no centro de São Paulo, o único que oferece jantar e abre nos fins de semana.

“O maior desafio é a manutenção dos equipamentos, pois não paramos de funcionar. Temos movimentação intensa de logística e adotamos um manual de boas práticas”, revela o gerente da unidade, Fábio de Souza Cardoso. Diariamente, são 2,9 mil refeições, das quais 1,9 mil servidas no horário do almoço.

Além dos demais usuários, o local atende participantes do Programa Recomeço, iniciativa do Governo do Estado de São Paulo para ajudar os dependentes químicos. “Temos atenção especial a todos. É muito gratificante presenciarmos e conhecermos histórias de várias pessoas, com aprendizados no dia a dia”, avalia Fábio de Souza Cardoso.

A unidade Santo Amaro serve 2.240 almoços por dia, o maior número entre as componentes da rede Bom Prato. A gerente Sônia Pakimoto demonostra satisfação ao participar da iniciativa. “Estamos sempre felizes por ajudar e escolhemos uma equipe que adora trabalhar. Quando se faz a refeição com amor, tudo dá certo e a população percebe isso”, diz.

“Convivemos com pessoas que se alimentam aqui há 17 anos. Trata-se, de fato, de um programa para educar e resgatar. Temos que servir o melhor que pudermos. Saio feliz e com o sentimento de dever cumprido ”, completa Sônia Pakimoto.

Desde o início do Bom Prato, foram servidas mais de 189 milhões refeições e investidos mais de R$ 564 milhões entre custeio, implantação e revitalização da rede de restaurantes.

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