FIT Taboão vira pesadelo para compradores

Por Sandra Pereira | 24/11/2010

O sonho da casa própria está virando um pesadelo para os moradores do empreendimento FIT Taboão, localizado na Vila Indiana, em Taboão da Serra. Indignados com a demora na entrega dos apartamentos os compradores voltaram à Câmara de Taboão para pedir providências contra a construtora Tenda e Gafisa, responsável pelo empreendimento que até o momento não tem data para ser entregue.

A maioria deles relatou que a empresa deveria ter entregue os apartamentos em 2009. Muitos moradores já pagaram todas as parcelas referente a parte da construção da obra e esperam apenas o financiamento da Caixa Econômica Federal para finalmente poder mudar para o seu apartamento próprio. Alguns estão enfrentando problemas financeiros graças ao atraso da obra e a necessidade de pagar aluguel. O pior é que segundo eles os apartamentos já estão prontos.

“Quando eu comprei era solteiro. Já casei, tenho uma filha e até agora nada. Esse atraso todo me prejudicou muito estou pagando aluguel meu nome está com restrição e não sei o que fazer”, disse Carlos Eduardo Silva Santos.

"Queremos receber a chave que é nosso direito, afinal pagamos pelo imóvel e não podemos usufruir do mesmo", disparou Leuziane Malaquias. “Eles ficam só enrolando a gente e não entregam”, completou o Adenilton dos Santos.
Outro comprador do empreendimento, Mário Antônio da Silva declarou que pagou 13 parcelas e a chave no mês de março, e, agora espera o financiamento da Caixa Econômica Federal.

Os vereadores voltaram a se solidarizar  com os moradores e criticaram a maneira como eles estão sendo tratados pela empresa. A comissão de obras da Casa vai acompanhar de perto os problemas no empreendimento e tentar ajudar os moradores a solucionar o impasse.

O vereador Aprígio criticou a falta de responsabilidade da Tenda e da Gafisa com os compradores do empreendimento. Ele declarou aos moradores que o atraso na entrega deve estar relacionado com problemas na documentação do FIT Taboão. Aprígio disse que para realizar um empreendimento é necessário dar entrada no projeto junto à prefeitura, em seguida obter autorização do Grapuabe que reúne cerca de 15 órgãos estaduais e depois voltar à prefeitura para iniciar a obra. Só após esse trâmite é possível fazer o registro de incorporação necessário para a liberação das escrituras por apartamentos.

“Sem essa tramitação o projeto fica irregular. Agora, no caso de vocês, pelo que pude ver o problema é a falta dessa documentação. Quem pode e deve agir nesse caso é o Creci que deveria ter analisado toda a documentação antes das unidades serem vendidas”, ensinou Aprígio ao público atento.

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