Prefeito Chico Brito fala de vontade política em evento promovido para mulheres

Por Prefeitura da Estância Turística de Embu das Artes | 12/03/2015

“A violência psicológica, moral, comem a alma da pessoa”, disse o prefeito Chico Brito em discurso inflamado e emocionado durante o lançamento da campanha “Embu das Artes abraça a todas: respeito e igualdade à diversidade”, que abriu o mês da mulher na cidade, dia 11/3, no Centro Cultural Mestre Assis.

O prefeito lembrou da criação do Centro de Referência da Mulher (CRM) na cidade na gestão de Geraldo Cruz. “Mais de 10 mil mulheres já foram atendidas nos 15 anos de existência do CRM. As mulheres reivindicavam um órgão de acolhimento há anos. No País, nos últimos 10 anos, só o compromisso político fez com que leis como a Lei Maria da Penha e agora a Lei do Feminicídio fossem assinadas. Dos 5.565 municípios brasileiros, menos de 200 tem algum órgão para atender as mulheres vítimas de violência. Estamos avançando, mas nos países árabes, 60% das mulheres apanham dos maridos e sofrem mutilação genital. Vivemos num mundo que é excludente, e é no cotidiano que vamos fazer com que os homens não sejam machistas e com que as mulheres não sejam submissas”, lembrou Chico Brito.

Compuseram a mesa do evento as secretárias Sandra Magali Fihlie (Saúde), Cristina Santos (Comunicação Social), Roberta Santos (interina Assistência Social, Trabalho e Qualificação Profissional), Maria Emília dos Santos (Controladoria), a diretora do CRM, Lúcia Gusson, Neusa Cosme Adão, uma das atendidas pelo CRM, os vereadores Carlinhos do Embu, Rosana do Arthur, João Leite e Júlio Campanha. Representando a diversidade participaram, Maria das Mercês, Maria Lúcia da Silva, Ângela Maria Mioko Fukushima e Fernanda do Rosário Almeida.

Também estiveram presentes os secretários Francisco Iderval Teixeira (Assuntos Jurídicos), Paulo Petronilho (adjunto Governo) e Marcos Rosatti (Gestão de Pessoas e Modernização Administrativa), os inspetores da 4ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal de Itapecerica da Serra, Ronaldo Lopes e Alexandro Cristovam. Um grupo do Centro de Referência da Juventude (CRJ) fez uma apresentação musical na abertura do encontro.

O depoimento de Neusa Adão, uma das atendidas pelo CRM, emocionou a todos. “Conhecer o CRM foi algo maravilhoso e que mudou minha vida, pois fui vítima de violência doméstica. Minha irmã me falou do CRM e assim consegui unir forças para sair dessa situação. Quando era casada, morava numa casa grande, mas abandonei tudo. Hoje moro de aluguel em dois cômodos com meus filhos e sou muito feliz. O CRM me ensinou que as brigas podem causar traumas nos filhos, mas os meus deram a volta por cima: minha filha de 22 anos faz faculdade de Ciências Ambientais, e o meu filho de 21 estuda Engenharia com bolsa de 100% pelo ProUni. Eu digo, mulher não pode ser agredida de jeito nenhum, tem que procurar o CRM.Quem está namorando deve ficar atenta aos primeiros sinais que o agressor dá.”

O prefeito disse, após a fala de Neusa, que, “se o CRM tivesse ajudado apenas uma mulher nesses 15 anos, já teria cumprido seu papel.”

Números da violência

A secretária interina de Assistência, Roberta Santos apresentou dados estatísticos sobre a violência contra a mulher no Brasil e no mundo, além de apresentar o discurso da presidenta Dilma Rousseff sobre a criação da lei do feminicídio. “Temos coisas a comemorar, como o fato de o número de mulheres atendidas no CRM ter caído 6% entre 2013 e 2014. No entanto, não podemos jamais esquecer que o motivo de estarmos aqui é que no dia 8 de março de 1857, mais de 130 mulheres morreram por reivindicar melhorias nas condições de trabalho”, lembrou Roberta.

Ouça o prefeito Chico Brito

Veja aqui o discurso da presidenta Dilma Rousseff

Veja aqui os dados estatísticos apresentados

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